A esperança (Suzanne Collins) - THG #3

sexta-feira, 20 de novembro de 2015


Acabei faz poucos minutos de ler Mockingjay, e espero que escrever essa resenha me ajude a decidir se gostei ou não do desfecho dessa história que tem me atormentado nesses últimos dias.

Bom, depois que o Peeta foi abandonado junto com outros vencedores para trás na arena, a Katniss fica bem bolada no Distrito 13. Sim, o 13 ainda existe, sua população vive no subsolo e eles querem levar a Capital ao chão, mas para isso, precisam do Mockingjay, a ser representado por Katniss, para dar aos rebeldes, esperança.

A partir daí muita coisa inútil acontece e o ritmo não colabora. Vi algumas resenhas falando que o livro provoca um estresse e uma raivinha lá no fundo do coração, e comigo não foi diferente. Mas claro, é inegável que a trilogia é viciante e mesmo com ódio você não consegue parar de ler, porque você simplesmente precisa saber o que vai acontecer.

Katniss acaba aceitando ser o Mockingjay e passa a ir em alguns distritos dar um apoio moral para os rebeldes e até mesmo para sabotar a Capital. Ela se reaproxima bastante de Gale e eles ficam metade do livro irritando você, que só quer ver a porra da guerra.

É só depois da metade do livro que as coisas começam a esquentar. Mas não se iluda, o final é doloroso.

MOMENTO DESABAFO - SPOILER

Analisando o livro como um todo, podemos dizer que o Peeta só se fode: ama uma garota desde a infância que não liga para ele, é meio inútil, só se fode nos jogos, fica perneta, quase morre toda hora, não sabe fazer nada, é pego pela capital, torturado e toda a sua família morre. Gente, coitadinho.

Aí tudo isso acontece com o garoto, e quem fica de drama? Isso. Katniss. O motivo? Ainda não sei. Veja bem, ela estava chateadíssima por terem abandonado Peeta, até aí ok. Mas depois o Peeta é resgatado, com sérios problemas e o que ela faz? Nada. O ignora e parte para o trabalho de Mockingjay e fica surtando lá. O que concluímos? A Katniss é uma puta, até o Haymitch fala.

“Se você fosse pega pelo Capitol e sequestrada, e então afligida para matar Peeta, essa é a forma que ele estaria tratando você?' Requere Haymitch.

Eu caio em silêncio. Não seria. Isso não é como ele estaria me tratando. Ele iria tentar me ganhar de volta a qualquer custo. Não me excluindo, me abandonando, me tratando com hostilidade todo o tempo. ”

Exatamente Haymitch, ajuda o menino Katniss, ele acima de tudo, é seu amigo. Qual o problema dela? A família dela estava com ela, a Capital caindo, os distritos lutando, por que ela fica tão louca?

Aí a Suzanne me vem, e fode mais um pouco, massacrando a paciência do leitor com um triângulo amoroso horrível e escroto. Katniss está em uma guerraaaaa não tem que ficar de drama por causa de garotos! Cú doce do inferno, não sabe quem ama, fica de boa então. Não pega ninguém, certo? Agora fica distribuindo beijos por aí, ‘BLÁBLÁBLÁ, não sei quem vou escolher depois que acabar a guerra LÁLÁLÁ’...... aí que ódio gente.

A guerra final foi mediana, não vemos realmente como a capital é detida, mas tem muito sangue, mortes, pressão sobre os personagens: é aquela emoção. Achei o fim do presidente Snow e da Coin bons. Não gostei da morte de Prim, achei super desnecessária e acredito que ficou faltando fechar melhor a história, sobre o que aconteceu na capital e com os outros distritos, inclusive com o 13, etc.

É claro que o final não seria flores, pois o livro contou uma guerra, e as pessoas que saem dela, ficam com sequelas. Eu achei plausível o final dos personagens, que com certeza não irradiarão mais felicidade depois de tudo o que aconteceu. É claro que eu esperava um maior desenvolvimento no relacionamento de Peeta e Katniss, porque depois da indiferença dela nesse terceiro livro, achei que ela acabaria sozinha, ou no mínimo, com o Gale, mas né. O final dado a Gale foi bem ruim e mal explicado: seria melhor se tivesse morrido com pacificadores, ou sei lá, achado outra menina.

Enfim, o que eu teria feito nesse último livro e que acredito que teria ficado melhor:

- No segundo livro, quando a Katniss e o Peeta se noivam, o Gale poderia ter se conformado que a tinha perdido, e ido procurar outra paixão, que poderia ser a Madge (filha do prefeito, que deu o pingente do Mockingjay pra Katniss), que até é alvo de ciúmes quando ela arruma remédios para o Gale, super achei que eles ficariam juntos.

- Assim, começaria o terceiro livro sem o triângulo amoroso Gale-Peeta-Katniss. Katniss teria mais tempo para se dedicar ao Peeta quando ele fosse resgatado, o que poderia ter intensificado o romance deles desde a metade do livro, e não nas últimas três páginas. Fora que o Peeta poderia ter participado mais da queda da capital, porque ele novamente é jogado para o escanteio.

- Eu mataria o Finnick talvez, para dar aquela emoção, mas a Prim não. Menos um baque para a Katniss, fora que a forma como a morte foi executada foi bem escrota né.

- Teria explicado melhor a estratégia do Distrito 13 para invadir/destruir a Capital e também sobre o que acontece depois que a guerra termina.
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Enfim, dei quatro estrelas no Skoob, por acreditar que a Suzanne não foi muita cuidadosa com o final e optou por utilizar-se do famoso triângulo amoroso ao invés de construir uma relação séria, preferiu ficar 150 páginas nos dramas inexplicáveis de Katniss ao invés de priorizar mais páginas para explicar o que se deu no território de Panem com mais detalhes, e por fim, deixou de trabalhar um final mais digno para todos os personagens: largou o Gale a sua própria sorte, o Peeta com uma vadia e a Katniss com um rapaz que ela não ama de verdade.

Quero o filme logooo, acho que vai complementar bem  o livro, mostrando melhor a tomada da capital, a morte de Prim, o que aconteceu com Panem no fim da guerra e o romance Peeta/Katniss.

Em chamas (Suzanne Collins) - THG #2

quinta-feira, 12 de novembro de 2015


No segundo volume de Hunger Games, o presidente Snow está puto com a Katniss por desafiar a Capital e dá a ela um ultimato: ou convença a população de que o episódio com as sementes venenosas foi um ato de amor, ou seus entes queridos sofreram as consequências. O problema de voltar a fingir o romance, é que o Peeta está meio puto também, depois de descobrir que Katniss estava apenas atuando no jogo, enquanto ele se dava de corpo e alma.

Mas enfim, o livro começa contando como anda a vida de Katniss e Peeta, que agora são vencedores dos jogos, o que melhorou suas vidas financeiras, já não precisam se preocupar com a falta de alimentos para suas famílias, e sim com o assédio e falta de privacidade, pois agora são famosos.

O casal mais querido da Capital, Peeta e Katniss são forçados pelas circunstâncias a se aproximarem e a encenarem um grande amor, pois a viagem ao longo dos doze distritos está para começar, e as câmeras não querem perder um flash desse romance. Mas quando a trajetória começa, a aparição de Katniss só piora os atos rebeldes nos distritos, o que a faz propor um noivado com Peeta para tentar acalmar os ânimos.

Como nem o noivado aquieta os distritos, a edição comemorativa de 75 anos de Hunger Games, vai ter como participantes os vencedores de cada distrito, para mostrar que nem mesmo os mais fortes são capazes de subjugar o poder da Capital, o que é uma péssima notícia para Katniss, já que o distrito 12 só possuí três vitoriosos: Katniss, Peeta e Haymitch. Assim, os pombinhos vão parar novamente na arena.

Eu já tinha ouvido falar em outras resenhas que os livros de Suzanne Collins eram bem enrolados e demoravam para começar o que realmente interessa, mas acho que esse segundo volume é bem pior que o primeiro: são cerca de 150 páginas (metade do livro) para começar a ação.

Além da demora para acontecer algo interessante, ainda tem passagens extremamente irritantes de um triângulo amoroso babaca e muuuuuuuuuuito clichê: dois boys magias por perto, Katniss, lógico, fica confusa, não sabe quem quer, o que fazer etc. 

Apesar de tudo, o livro possui muitos pontos positivos, como um leque de personagens maior e um pouco mais de conhecimento sobre os distritos. A ideia do jogo de comemoração de 75 anos foi estarrecedora e Suzanne acertou em cheio. O final foi de partir o coração e achei uma puta sacanagem com o Peeta, sério, fiquei tão bolada que tive que começar Mockingjay em seguida.

Hunger Games (Suzanne Collins) - THG #1

quarta-feira, 4 de novembro de 2015


Resenhar Jogos Vorazes é uma coisa complicada de se fazer, pois todo mundo que vive nesse planeta já ouviu falar e sabe mais ou menos do que se trata a história. Mas enfim, farei uma breve sinopse sobre o livro, destrincharei alguns pontos e comentarei sobre minha leitura em inglês.

Bom, a história se passa num futuro, onde depois de vários transtornos climáticos, os Estados Unidos foram parcialmente destruídos e para retomar a paz, é criado um novo país, Panem, composto por treze distritos governados por uma Capital. Porém, uma tensão devido a dominação, fome e pobreza, acaba levando o país a uma guerra. A Capital acaba vencendo essa guerra e destruindo o distrito 13 por terem se rebelado.

Panem depois da guerra, ficou pior, pois além da pobreza, da acentuada concentração de renda na Capital, da fome e da falta de liberdade, ainda precisam lidar com um jogo cruel, o ‘Hunger Games’, posto como forma de lembrar a superioridade da capital e instigar o medo. O jogo tem como participantes um garoto e uma garota entre 12 e 18 anos de cada distrito (sendo 24 jogadores), que são colocados em uma simulação controlada pela capital e obrigados a lutar até restar apenas um sobrevivente. O vencedor ganha melhores condições para seu distrito e uma certa fama, já que os jogos são transmitidos ao vivo pela televisão para toda a população de Panem.

Assim surge Katniss Everdeen, uma garota que apesar de seus poucos dezesseis anos, precisa sustentar a mãe e a irmã. Elas moram no Distrito 12, conhecido pela mineração (trabalho que o pai de Katniss exercia quando morreu), e quando chega o festival, chamado de Colheita, que sorteia os nomes dos próximos participantes do Hunger Games, a tensão e a angústia aumentam. Para Katniss, este ano é o pior de todos, já que sua irmãzinha, quatro anos mais jovem, Primrose, concorrerá pela primeira vez aos jogos.

Quando no festival o nome de Primrose é dito, convocando-a ao Hunger Games, Katniss não vê outra opção, senão a de ir no lugar de sua irmã de apenas doze anos. Ainda estarrecida, Katniss fica sabendo ainda, que o garoto que irá acompanhá-la é Peeta, que tem a sua idade e já a ajudou a não morrer de fome, coisa que ela nunca agradeceu. Cada um precisa então manter uma estratégia para se manter vivo e quanto mais os telespectadores gostarem de você, melhor.

E os jogos começam. 

A leitura começa lenta, com os detalhes sobre Panem, a Capital, o distrito 12 e vida de Katniss, mas quando o jogos começam, fica bem frenética e você lê muito rapidamente. As críticas sociais como a concentração de renda, a transformação do sofrimento de uns como meio de entretenimento para outros (muitos jornais sensacionalistas o fazem), a questão de até onde o ser humano pode chegar para garantir sua sobrevivência, são um ponto forte do livro.

Os personagens são muitos bons, a Katniss tem força e determinação muito bacana, o fato de ela saber se proteger e não precisar de garotos lhe dando apoio é muito legal também; o Peeta é muito fofinho e acredito que conquiste a maior parte dos leitores sem problemas; a população da capital também é bem bizarra, mas fácil de ser visualizada; enfim, tudo muito bem construído.

Duas coisas que me incomodaram no livro foram, primeiramente, os dramas que a Katniss faz para tudo: com a mãe/irmã, com o Peeta, quando ela faz o primeiro teste para os Gamemakers etc.... E a outra coisa, foi o final, que achei meio escroto a explicação para a mudança da regra dos vencedores, uma hora é, outra não é, WTF?

Eu já tinha assistido ao filme, por isso sabia o enredo, o que facilitou na hora de ler em inglês. Eu particularmente apanhei um pouco no começo, mas depois acostuma. Só não fique parando excessivamente para consultar o dicionário, pois fará você desistir. Outra coisa que me impulsionou ler Hunger Games, é que o livro possui o audiobook disponível na íntegra no YouTube, o que ajuda demais. É claro que é difícil entender 100%, mas você vai pelo contexto e dá sim para ler Hunger Games numa boa.
 
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