O Iluminado (Stephen King)

sábado, 31 de outubro de 2015


O livro escolhido para encerrar esse mês do terror foi O Iluminado (Stephen King).

O que mais me agradou no livro foram os personagens: Jack, um alcoólatra em recuperação meio descontrolado; seu filho Dany, um garotinho sensitivo; e Wendy, a mãe, uma mulher que vive meio encurralada. Outra coisa bem legal é o cenário, como citei na TAG do Oscar Literário, que é excelente para um enredo de medo, já que a história se passa no Hotel Overlook, durante o inverno, onde o Hotel fica isolado da civilização e apenas a família do zelador permanece nele.

A história começa quando Jack, após perder o emprego e a confiança da esposa devido a acessos de raiva, consegue um emprego como zelador em um grande hotel, que como já dito, fecha durante o inverno. A esposa mesmo não gostando muito da ideia de ficar isolada do mundo com o marido que pode a qualquer momento ter uma recaída e o filho consideravelmente problemático, acaba aceitando, pois seu filhinho é completamente apaixonado pelo pai e também porque ela não tem para onde ir.

Após o isolamento coisas estranhas passam a acontecer, memórias antigas ainda fazem parte do hotel, e com a força interior grandiosa de Dany chegando ao local, ocorrem mudanças no clima do Overlook... Mas claro, não vou falar mais nada para não perder a graça. O problema de O Iluminado é que ele começa bem, mas...

Eu não gostei muito dos elementos de terror do livro. Apesar de às vezes dar um medinho, só prometia e não cumpria. Ou seja, os personagens são bons, assim como o cenário, mas o desenrolar da história em si, não.  O final não surpreende, mas ao todo é um livro mediano.



(MOMENTO DESABAFO) - SPOILER

Bom, esperava mais do livro, com certeza. Como já disse, ele começa bem, mas depois fica um lixo e o final então, pura decepção, já que pelo decorrer dos últimos capítulos você sabe exatamente como tudo vai acabar.

Livros de terror costumam ter mortes, tortura, incerteza, dor, medo... Tem tudo isso em O Iluminado, mas nada de forma convincente, pois os flashbacks que acontecem com as pessoas que já se hospedaram no Overlook, não dão a mesma intensidade a cena, que daria se estivesse acontecendo com os personagem centrais da trama, que você tem um apego e tal.

Diz-se que o hotel é isolado, e então o COZINHEIRO do hotel, de aproximadamente 60 anos, que falou UMA VEZ com Dany, faz uma super maratona, correndo sérios riscos de vida para salvá-los?

A coisa, espírito sei lá o que ronda pelo Overlook, morre gritando? Deixa seu querido hotel, que ele habita há muito tempo, EXPLODIR porque ‘esqueceu’ da caldeira, sendo que ele controla tudo no hotel, como elevador e as trancas das portas? Ah por favor, né.

O REDRUM era só murder mesmo? Nenhuma explicação sobre isso? O garotinho que o Dany vê, é ele no futuro? Tipo, what? Sério não entendi qual é a desse livro.

#RECADINHO

domingo, 25 de outubro de 2015



Gente, fui inventar de começar a ler Jogos Vorazes, e para quem já leu, sabe que a trilogia é extremamente viciante, e enquanto não terminei de ler, não sosseguei. Agora adivinhem o que toda essa correria me causou? Sim, uma ressaca literária. Estou bem deprê com o fim de Hunger Games, o que atrasou meu cronograma de leitura de contos, então nesse primeiro ano do mês do terror, teremos apenas os contos de Branca dos Mortos e os Sete Zumbis, e uma resenha do Iluminado, que sairá no fim do mês.

Beijos, obrigada pela atenção, e em novembro saem as resenhas de Hunger Games.

PS.: Alguém mais está morrendo de ansiedade para ver o filme A Esperança Parte 2???

Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 6 de 6 [FINAL]

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O Fim de Quase Tudo - Conto 11

Num tempo futuro desconhecido, Charon vivia isolado na terra, que não tinha cor e relevos: era uma esfera de grafite. Ele passa a sentir falta dos homens, que certa vez já teve poder e reinou no mundo. Mas explica a atual fase da terra por meio do trechinho:

Foram-se seus habitantes, vieram os outros, foi-se a floresta, vieram as cidades, foi-se o mundo, vieram os demônios, foi-se o tempo, veio o nada.

Nota: 5/10.

FIM!

Fechamento

Terminamos hoje o livro Branca dos Mortos e os Sete Zumbis, e posso dizer que achei bem legal. Tem alguns contos muito geniais, e a releitura dos contos de fadas, de modo geral, é bem feita e muito interessante.

Uma coisa que notei é que a linguagem muitas vezes é recheada de expressões toscas, e sabendo que o livro é brasileiro, ou seja, não é culpa da tradução, acho que é um ponto negativo do livro. Mas não é o tempo todo, nem em todos os contos.

Já a coisa mais legal da obra, é o jeito com que o autor integra os contos, que dá um diferencial bacana para o livro, afinal, quantos livros você conhece que dá para ler os contos separadamente e que em conjunto formam uma história maior?

Enfim, fiz uma média das notas do conto, e a média final é:

Nota final do livro: 7,9

Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 5 de 6

quarta-feira, 14 de outubro de 2015


O cemitério – Conto 9

É um conto sobre fantasmas e espíritos. Depois de morrer, um jovem espírito se vê num cemitério olhando para a lápide que guarda seu corpo humano, enquanto escuta fofocas de um outro fantasma sobre seus ‘companheiros de morte’.

Nesse cemitério, todos os fantasmas esperam por alguém: por saudades, por amor ou por vingança. Muitos espíritos são frustrados por não receberem logo seus familiares, amigos ou inimigos.

Achei esse conto meio sem sentido, a ligação entre a história dos fantasmas e da Chapeuzinho não foi muito boa.

Nota: 7/10.

Samarapuzel - Conto 10

Nesse conto, diferentemente dos outros, começa a ser contado em primeira pessoa, dizendo que o conhecimento não é guardado por correntes, e sim por palavras e idiomas: achei sensacional a colocação, porque se formos pensar, o conhecimento realmente não está disponível tão facilmente, é necessário um esforço para adquiri-lo, e a leitura é um dos meios mais eficaz, antigo e usado, já que as vídeo aulas, tão disseminadas atualmente, são um meio de aprendizagem muito recente.

Então, começa-se a história de Samarapunzel, uma garota de cabelos absurdamente longos e negros que vive isolada numa torre, sendo suas únicas companhias sua mãe, e livros, com palavras, idiomas e conhecimentos que fazem Samarapunzel uma pessoa diferenciada.

Os livros que Samarapunzel mais gosta são os de desgraça e morte, o que preocupa sua mãe, já que a menina nasceu amaldiçoada, e ainda desenvolve esses gostos peculiares pela literatura profana. Seus cabelos não podem ser mantidos curtos e Samarapunzel chora negro.

Quando um príncipe encontra a bela Samarapunzel, a violência e selvageria da garota começam a aflorar. Os dois mantem um relacionamento escondido, até que Samarapunzel fica grávida e o príncipe some. Ela fica muito puta.

O conto apesar de ser grandinho, é bem dinâmico e bom de ler. O final é bárbaro.

*Trechinho:

Para manter sua mente ocupada, a mãe lhe trazia livros cada vez mais grossos, que a deleitavam durante dias e a mantinham viajando pelo mundo dos sonhos, enquanto as questões sobre a vida real e seu trancafiamento eram indefinidamente postergadas.

Nota: 10/10

Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 4 de 6

domingo, 11 de outubro de 2015

A Confissão - Conto 6 

A história começa quando o suspeito da morte do filho de um senhorzinho muito generoso, é pego pelas autoridades, e ele sedento para conversar com o criminoso para saber o que se sucedeu, ouve atrocidades do tal maníaco, que diz ser o responsável por vários delitos e mortes.

Aprendemos com esse conto que a verdade nem sempre é a coisa certa a se dizer. São misturados os contos da Cachinhos Dourados, João e o Pé de Feijão, Chapeuzinho Vermelho e Pinóquio, e, apesar de ser bem curtinho, o conto é muito legal (principalmente o desfecho).

Nota: 10/10

Bela Incorrupta - Conto 7

Um estudante de medicina, Robert Phillips West, não queria morrer, por isso começa a desenvolver meios de se tornar imortal ou pelo menos de driblar a morte, impressionando seus professores e horripilando seus pais. Para isso, fazia experiências manipulando cadáveres, o que acabou sendo proibido pela igreja, e Robert passa a estudar em seu porão junto a Randy Carter.

Foi a partir dos ensaios de Robert que nascem os zumbis, que ele próprio considerava um fracasso. Sai então a procura de achar uma forma de parar a decomposição dos mortos, ao mesmo tempo em que os reanima. Depois de muitas frustrações encontra a Bela Incorrupta, uma mulher que não se decompõe.

Esse conto também é curto e gostei da forma como ele se interliga com outro conto do livro.

Nota: 8/10.

O monstro - Poema extra 8

Apesar de ser um poema, segue o padrão dos contos: curtinho, fácil de ler e com desfecho surpreendente. Não tem muito o que falar pois vai perder a graça se eu contar algum elemento. Gostei bastante.

Nota 10/10.

Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 3 de 6

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A vendedora de fósforos e o vingador - Conto 4

Com uma nova era instalada no mundo, a fome vira epidemia, e cada vez mais pessoas morrem, principalmente as crianças, já que o abandono torna-se muito incidente.

Então, num final de ano geladíssimo, uma pobre menininha é obrigada pelo pai a sair para vender fósforos, e como sabemos, morre congelada. O que vem a seguir no conto, é a vingança.

O conto é bem curtinho e achei que faltou um pouco mais de explicações no final...

Nota: 6/10

Cindehella e o sapatinho infernal - Conto 5

Começa contando a típica história da Gata Borralheira: perde o pai, madrasta e duas irmãs maldosas infernizam sua vida, até que acontece o baile. Mas aqui não é um baile comum. É um baile macabro.

A cena do baile é a mais comprida, nojenta e terrificante do conto. O autor só pode ser muito maníaco para descrever mortes quem acontecem em Cindehella e o sapatinho infernal.

Depois do baile, começa uma busca pela dona do sapatinho de cristal, e a história fica muito tensa e agoniante. O final é sensacional.

Nota 9/10.


Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 2 de 6

segunda-feira, 5 de outubro de 2015


Continuaremos então hoje, com os contos do livro de Abu Fobiya. Hoje serão dois contos. Aproveitem!

JOÃO, MARIA E OS OUTROS - Conto 2

A história começa com uma família muito pobre de quatro integrantes, João, Maria, o pai e a madrasta. Como as finanças estão muito ruim, a madrasta convence seu marido que a melhor chance deles sobreviverem, é se abandonarem as crianças. O pai mesmo contrariado, acaba aceitando a ideia de sua esposa, leva seus filhos para um lugar desconhecido na floresta e as deixa a mercê do mundo.

É bem apavorante, macabro e nojento. Tem uma cena em que uma mulher é atacada por pássaros, e lembrei imediatamente da Tris de Divergente, que um dos medos dela é ser atacada por corvos, e gente, depois desse conto, confesso que também nunca quero sofrer um ataque de aves: é muito horrível.

Gostei muito mais desse conto do que o conto da Branca dos Mortos, tem muito mais terror e cenas de medo. Trechinhos:

*Com sorte, seria um lobo ou um gato do mato, procurando abrigo do frio, e não um homem, a mais imprevisível e perigosa das bestas. >> sabe quando seu cachorro começa a latir e você torce para ser um gato e não um ladrão?

*E, ainda que achasse que poderia escapar de seu destino, ele anda devagar, mas nunca se cansa.

Nota: 10/10

OS TRÊS LOBINHOS - Conto 3

Nesse conto, em que os lobos são os protagonistas, começa-se explicando que foi imposta a esses caninos uma regra: estão proibidos pelos celestes de comerem animais sem presas e de rara inteligência, como os porcos e os humanos.

Então houve um período de fome para essa espécie, que acabou precisando se adaptar ao ambiente, dando origem aos cachorros e hienas, o que fez sobrar poucos lobos originais, que se esconderam na floresta esperando sua chance de vingança. Até que três irmãos lobos resolvem começar a agir contra os humanos e porcos.

Mistura-se então as histórias dos três porquinhos, da chapeuzinho vermelho e do garoto pastor e o lobo. É bem curtinho esse conto, a história é mediana. Trechinhos:

* Não riam de regozijo, e sim porque o desespero se avizinha à histeria.

*Aos poucos se esgota a era dos homens, soterrados pelos próprios vícios, enquanto ressurge o verdadeiro caminho: o caminho dos lobos.

Nota: 5/10


Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 1 de 6

quinta-feira, 1 de outubro de 2015


Olá pessoas, pretendo fazer nesse mês um especial Halloween, com contos de terror e suspense toda semana! Peguei o livro Branca dos Mortos e os Sete Zumbis e irei destrinchar todos os contos aqui no blog (que são 11). Também quero pegar contos do Stephen King, HP Lovecraft e do Poe para preencher esse mês, mas veremos o que dará tempo de ler...

Hoje começaremos com o primeiro conto do livro de Fábio Yabu . Boa leitura!


BRANCA DOS MORTOS E OS SETE ZUMBIS - Conto 1

O primeiro conto é da Branca de Neve e começa com uma rainha que procura uma bruxa para ajudá-la a ter um filho. Até então tudo ocorre como nos contos que lemos na infância: a rainha adoece, morre, a bruxa rejuvenesce, casa com o rei recém viúvo e passa a maltratar a linda enteada, Branca.

Tem também o suspense acerca da floresta negra, porém em Branca dos Mortos e os Sete Zumbis, existem criaturas terríveis que matam com um buraco na testa, quase todos que vagueiam por esse bosque. A história no geral parece muito com o filme da Disney, só é bem mais sanguinário.

Tem algumas partes bem nojentas, com pessoas desenterrando cadáveres para pegar olhos e putrefações detalhadas.

Não era bem o que eu esperava depois de ter lido algumas resenhas no Skoob (muito positivas), maaaaaaas, vou dar uma colher de chá e torcer para que haja mais criatividade nos próximos contos.

Nota 6/10. 
 
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