Terminaremos hoje as resenhas das Crônicas do Gelo e do Fogo, com o livro A Dança dos Dragões (George R. R. Martin). Nesse livro os capítulos são de maioria de Daenerys, Tyrion e Jon, e alguns com Bran, Davos e Theon, nos arredores de Winterfell. Não é atoa que o livro tem mais de 800 páginas: há muita descrição dos ambientes e cenários, e da metade para frente temos um pouquinho de Arya e Cersei.
Os capítulos do Bran e da Daenerys são chatos. Parece que não mudam nunca, estão sempre na mesma lengalenga. Daenerys está desde o primeiro livro naquele drama nas cidades livres, com seus escravos e gente traidora. Bran sempre balançando nas costas do Hodor tentando saber mais sobre os wargs, sem sucesso. Cansa, não vai para frente. Os capítulos de Tyrion são os mais divertidos e onde sempre alguma coisa acontece. Jon na Muralha é obrigado a tomar decisões duvidáveis, o que deixa os capítulos dele bem envolventes também.
Esse livro foi particularmente difícil para mim, porque não gosto das histórias narradas nas cidades livres. Claro, elas são importantes porque escondem personagens essenciais. Entretanto, tira o foco do que realmente queremos saber: sobre a disputa pelo trono de ferro.
Há neste livro o acréscimo de personagens novos, capazes de dar uma grande reviravolta nos últimos acontecimentos.
Em A Dança dos Dragões não acontecem batalhas. Não há episódios excitantes. São facadas na história que serão removidas apenas no próximo livro, prometendo sangrar muito.
(MOMENTO DESABAFO) - SPOILER
Fiquei feliz que Daenerys teve problemas com seus dragões, pois acho que eles desestabilizam a disputa pelo trono de ferro: ninguém é páreo para três dragões; o que acredito eu, ser desvantagem para o leitor. Afinal, tendo três dragões, Daenerys poderia muito bem acabar com todos os Caminhantes Brancos (Os Outros) que afrontam a Muralha, já que os caminhantes são mortos por fogo, e aí, para chegar ao trono de ferro não seria difícil com três dragões, certo?
Assim como sor Jorah, não sei o que ela tanto enrola nas cidades livres.
Ela é também uma personagem muito maçante: às vezes acho que ela não combina com o mundo de Martin, pois ele sempre cria personagens com defeitos e qualidades, mas Daenerys não. Ela é a politicamente correta. E o mais engraçado, é que todos os outros personagens honrosos costumam morrer em GoT, como Ned Stark e Robb, mas Daenerys é a intocável.
Irrita-me profundamente aquelas passagens que ela, a rainha, que faz um cú doce incrível para todos da sua ‘corte’, ir lavar os moribundos e alimentá-los. Suas ações não concordam. Não a quero no trono de ferro.
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