TAG: OSCAR LITERÁRIO 2016
domingo, 31 de janeiro de 2016
1. Melhor Livro do Ano
Clube da Luta foi o melhor livro que li este ano, pois trata de assuntos como a sociedade, o capitalismo, a alienação, a depressão, enfim, tem uma temática que eu adoro. O livro no geral é muito bem escrito e frenético.
2. Melhor Autor do Ano
Este ano tive o prazer de conhecer Charles Bukowski, lendo Misto Quente e também alguns de seus poemas, e simplesmente adorei. Pretendo ler mais obras dele, muito bom mesmo!
3. Melhor Protagonista Masculino
Derfel da trilogia As Crônicas de Arthur (Bernard Cornwell), foi o melhor protagonista das minhas leituras. Ele é engraçado, devoto e corajoso. Super indico estes livros.
4. Melhor Protagonista Feminina
Tenho problemas com protagonistas femininas, pois geralmente elas são chatas e dramáticas, mas uma personagem que gostei foi Eleanor, de Eleanor&Park, livro excelente e bem gostosinho, li em um dia.
5. Melhor Coadjuvante Masculino
Peeta de Jogos Vorazes. Apesar de ele ser monguinho e só se foder nos três livros, gosto dele, da sua simplicidade e lealdade.
6. Melhor Coadjuvante Feminino
Lisbeth de Os Homens Que Não Amavam as Mulheres. Ela entra e dá um gás as investigações e a narração do livro, além de ser crucial para a história. Personagem realmente interessante.
7. Melhor Arte da Capa
A capa mais bonita deste ano acredito que foi a do primeiro volume de As Crônicas de Arthur: O Rei do Inverno.
8. Melhor Ambiente/Mundo Criado
Gostei muito do cenário da trilogia Legend. Apesar de se tratar de uma distopia juvenil cheia de clichês, a forma como é contada a história, mostrando o lado rico e pobre, te dá uma dimensão muito ampla e minuciosa dos problemas vividos por essa sociedade. Além disso, a briga entre países, a guerra, as diferenças entre os continentes, realmente, tudo muito bem pensado.
9. Melhor Título
Sobre Meninos e Lobos. Li este livro pois sempre achei o título misterioso, e realmente, valeu a pena. PS.: Menção honrosa para O leão, a bruxa e o guarda-roupas: título insano, que te faz querer ler só para descobrir a relação entre essas três coisas.
10. Melhor Final de Livro
Este ano o melhor final foi para Garota Exemplar, que surpreende e te deixa estonteado. Brilhante. PS.: Menção honrosa para o final de Clube da Luta, que é espetacular também.
domingo, 17 de janeiro de 2016
Bom, a história começa com três amigos de onze anos: Sean, o mais abastado dos três, é uma criança normal, que pensa no futuro e não se arrisca muito; Jimmy, o mais pirralho dos três, é encrenqueiro e vive deixando os pais de cabelos em pé; e Dave, mirrado e baba ovo, só procura se encaixar, sendo muitas vezes menosprezado pelos demais.
Eles moram em ruas vizinhas, e quando os pais permitem, costumam sair e brincar. Os pais de Sean têm um certo receio das amizades do filho, já que Jimmy tem uma reputação nada agradável. Porém, tudo se agrava quando um dos meninos é sequestrado.
A temática do livro é bem interessante, pois tem a investigação de um crime, ao mesmo tempo que somos inseridos nas vidas das famílias dos três ex-amigos, cada uma delas com suas particularidades, anseios e angústias. Até ouso dizer que o livro é sobre a angústia: a angústia de perder um ente querido, de tomar decisões, de lidar com as pessoas, de envelhecer e ver que a vida não tomou os rumos que planejávamos, de nos percebermos inseridos nos clichês da meia idade, enfim, de viver nesse mundo louco.
O livro é muito tenso. E triste. Muito triste. Também é denso, levei bastante tempo para lê-lo, mas é excelente, por isso, insista na leitura. A narrativa tem uma dinâmica muito prazerosa, pois intercala a visão da família da vítima, do suspeito e dos policiais sobre a mesma situação. É um livro que dá um nó no cérebro, pois as coisas não se encaixam. Mas no final tudo é explicado, nada deixado em aberto.
Super recomendo.
Trechinhos:
1 - ‘Ele se perguntava se era aquilo que se sentia em caso de depressão, um entorpecimento total, uma exaustão que vinha da falta de esperança. ’
2 - ‘Estava cansado de querer que as coisas fizessem sentido. Estava cansado da política de gabinete e de querer saber quem estava fodendo quem, tanto em sentido figurado como literal. Ele chegara a um ponto em que tinha a impressão de que já ouvira tudo o que qualquer um tinha a dizer sobre qualquer assunto, de forma que lhe parecia estar ouvindo velhas gravações de coisas que já da primeira vez não lhe tinham parecido novas.
Talvez ele estivesse simplesmente cansado da vida, do extraordinário esforço que lhe custava acordar cada manhã e enfrentar a mesma merda de dia, com pequenas variações no tempo e na comida. Cansado demais para se preocupar com uma moça morta, porque haveria outra depois dela. ’
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
O livro é tão denso na narrativa, que fica difícil dar um panorama geral do que vocês vão encontrar nas primeiras páginas de Os homens que não amavam as mulheres. Mas tentarei. Tudo começa quando Mikael Blomkvist, um jornalista da área econômica de uma pequena revista sueca, a Millennium, recebe um furo quentíssimo de um amigo de longa data, que poderia incriminar um importantíssimo industrial, Hans-Erik Wennerström. Após publicar a matéria, as evidências do envolvimento de Wennerström são insuficientes no caso e Mikael é processado por difamação. Ao perder o processo, se afasta da revista Millennium com o intuito de não piorar a situação do periódico.
Mikael é chamado então, por Henrik Vanger, importante sócio e ex administrador de uma das maiores empresas da Suécia, para escrever uma biografia de sua família, e aproveitar para olhar uma investigação não concluída: o paradeiro de Harriet Vanger, sobrinha de Henrik, que desapareceu misteriosamente da ilha onde residem os Vanger, há vários anos atrás. Mesmo contrariado, Mikael acaba aceitando a proposta, de trabalhar por um ano na ilha, quando Henrik oferece provas contra Hans-Erik Wennerström. O trato é que quando a biografia estiver concluída, e Mikael averiguado todos os registros sobre Harriet, poderá ter sua revanche contra Wennerström.
Então Mikael vai para ilha, começa a ler os relatórios e a conhecer a esquisita e nada amigável família Vanger. Encontra vários becos sem saída, e apenas quando recebe a ajuda de uma hacker, Lisbeth, passa a desenterrar as atrocidades da família Vanger.
Acredito que esses três parágrafos resumam bem o início do livro, que é muito extenso e cansativo. Eu sinceramente não gostei muito do livro, achei bem enrolado, e como não estou muito acostumada a ler romances policiais, me senti meio perdida ao meio de tantas informações. Somando ao fato de que eu já tinha visto o filme, a lerdeza da narração me irritou e frustrou demais.
É muita descrição, o que pede paciência para ler 150 páginas discutindo fotos do desaparecimento de Harriet, por exemplo, que você nem pode visualizar; ou quando acaba o mistério da família Vanger e ainda tem 100 páginas dos desdobramentos do caso Hans-Erik Wennerström e do relacionamento de Lisbeth e Mikael Blomkvist. Jeová.
Enfim, os pontos positivos do livro: é instigante, muito bem escrito, tem protagonistas e cenários interessantes e narra uma investigação atraente, que requere ao leitor uma boa memória para lembrar todos os pormenores. Os pontos negativos, são o excesso de descrição e de páginas e o relacionamento entre Mikael e Lisbeth, que na minha opinião, foi bem forçado.
Indico o livro para quem não tem medo de descrições e que gosta de romances policiais. Talvez vocês me matem, não sei, mas o livro de Stieg Larsson me lembrou muito Dan Brown, então acredito que quem goste do autor de O Código da Vinci, venha a gostar de Os homens que não amavam as mulheres. Para aqueles que já assistiram ao filme, não vejo necessidade de ler o livro, pois a adaptação é bem fiel, só deixando de lado os detalhes desnecessários mesmo.
Essa é outra trilogia da minha meta de 12 livros para 2015, mas não sei se vou terminá-la tão já. Estou meio traumatizada pelo número de páginas. Veremos. Se alguém já leu, comente o que achou e talvez até me anime de continuar a trilogia de Larsson. hahahaha
domingo, 3 de janeiro de 2016
Gente, li esse poema e achei super cara de ano novo! Espero que gostem!
Não coma a vida com garfo e faca, lambuze-se.
Muita gente guarda a vida para o futuro.
Mesmo que a vida esteja na geladeira,
se você não a viver, ela se deteriora.
É por isso que muitas pessoas se sentem
emboloradas na meia-idade.
Elas guardaram a vida, não se entregaram ao amor,
ao trabalho, não ousaram, não foram em frente.
Depois chega um momento em que se conscientizam:
“Puxa, passei fome para guardar batatas
e elas apodreceram”.
Hoje em dia as pessoas orientam sua vidas
baseadas em idéias e métodos que já não tem
relação com a própria existência.
Elas não se alimentam corretamente porque
sentem medo de tudo: de engordar, de emagrecer,
dos agrotóxicos, da contaminação, dos malefícios
para essa ou aquela doença.
Quando se sentam à mesa, afirmam que precisam
comer carne porque contém proteína,
tomar leite porque contém cálcio.
Elas precisam comer isso ou aquilo.
Quase ninguém come sem culpa.
Todo o mundo se alimenta seguindo alguma moda.
O alimento deixou de ser comida
e se transformou em medicamento.
Solte sua alma, seja você.
Tenha consciência de que, se estiver em paz
consigo mesmo, você comerá carne quando tiver
vontade e não porque alguém disse que é bom ou ruim.
Você não come açúcar porque está satisfeito
e não porque ele é tido como nocivo à saúde.
Mergulhe totalmente na vida.
Chupe a laranja e tire todo o caldo.
Quando a morte chegar encontrará somente o bagaço.
Nada do que você deveria desfrutar estará contido
no bagaço, nada do que precisaria viver restará.
Não deixe sua vida ficar muito séria.
Viva como se estivesse num jogo,
saboreie tudo o que conseguir, as derrotas
e as vitórias, a força do amanhecer e
a poesia do anoitecer.
Brinque, mas brinque muito.
A felicidade é feita de muitos sorvetes.
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