O livro é tão denso na narrativa, que fica difícil dar um panorama geral do que vocês vão encontrar nas primeiras páginas de Os homens que não amavam as mulheres. Mas tentarei. Tudo começa quando Mikael Blomkvist, um jornalista da área econômica de uma pequena revista sueca, a Millennium, recebe um furo quentíssimo de um amigo de longa data, que poderia incriminar um importantíssimo industrial, Hans-Erik Wennerström. Após publicar a matéria, as evidências do envolvimento de Wennerström são insuficientes no caso e Mikael é processado por difamação. Ao perder o processo, se afasta da revista Millennium com o intuito de não piorar a situação do periódico.
Mikael é chamado então, por Henrik Vanger, importante sócio e ex administrador de uma das maiores empresas da Suécia, para escrever uma biografia de sua família, e aproveitar para olhar uma investigação não concluída: o paradeiro de Harriet Vanger, sobrinha de Henrik, que desapareceu misteriosamente da ilha onde residem os Vanger, há vários anos atrás. Mesmo contrariado, Mikael acaba aceitando a proposta, de trabalhar por um ano na ilha, quando Henrik oferece provas contra Hans-Erik Wennerström. O trato é que quando a biografia estiver concluída, e Mikael averiguado todos os registros sobre Harriet, poderá ter sua revanche contra Wennerström.
Então Mikael vai para ilha, começa a ler os relatórios e a conhecer a esquisita e nada amigável família Vanger. Encontra vários becos sem saída, e apenas quando recebe a ajuda de uma hacker, Lisbeth, passa a desenterrar as atrocidades da família Vanger.
Acredito que esses três parágrafos resumam bem o início do livro, que é muito extenso e cansativo. Eu sinceramente não gostei muito do livro, achei bem enrolado, e como não estou muito acostumada a ler romances policiais, me senti meio perdida ao meio de tantas informações. Somando ao fato de que eu já tinha visto o filme, a lerdeza da narração me irritou e frustrou demais.
É muita descrição, o que pede paciência para ler 150 páginas discutindo fotos do desaparecimento de Harriet, por exemplo, que você nem pode visualizar; ou quando acaba o mistério da família Vanger e ainda tem 100 páginas dos desdobramentos do caso Hans-Erik Wennerström e do relacionamento de Lisbeth e Mikael Blomkvist. Jeová.
Enfim, os pontos positivos do livro: é instigante, muito bem escrito, tem protagonistas e cenários interessantes e narra uma investigação atraente, que requere ao leitor uma boa memória para lembrar todos os pormenores. Os pontos negativos, são o excesso de descrição e de páginas e o relacionamento entre Mikael e Lisbeth, que na minha opinião, foi bem forçado.
Indico o livro para quem não tem medo de descrições e que gosta de romances policiais. Talvez vocês me matem, não sei, mas o livro de Stieg Larsson me lembrou muito Dan Brown, então acredito que quem goste do autor de O Código da Vinci, venha a gostar de Os homens que não amavam as mulheres. Para aqueles que já assistiram ao filme, não vejo necessidade de ler o livro, pois a adaptação é bem fiel, só deixando de lado os detalhes desnecessários mesmo.
Essa é outra trilogia da minha meta de 12 livros para 2015, mas não sei se vou terminá-la tão já. Estou meio traumatizada pelo número de páginas. Veremos. Se alguém já leu, comente o que achou e talvez até me anime de continuar a trilogia de Larsson. hahahaha
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