Clube da Luta (Chuck Palahniuk)

terça-feira, 30 de junho de 2015


Um livro que esteve em alta esse ano foi Clube da Luta, e eu nem sei bem por que. Mas o fato é que é muito bom.

A história é sobre um cara que desconhecemos o nome, frustrado com sua vida rotineira e sem sentido. Para se sentir melhor, ele frequenta grupos de apoio (a pessoas com câncer, por exemplo), tentando provar a si mesmo que sua vida não é tão bosta.

Até que um dia ele conhece Tyler, um cara meio doido e que luta contra o sistema. Tyler propõe então a nosso narrador, que eles lutem entre si, para descarregar as frustrações. E é daí que surge o Clube da Luta, um lugar feito para tirar a vida da normalidade através da violência.

O clube começa a crescer e Tyler a ficar ambicioso: ele começa a envolver seus planos revolucionários ao Clube da Luta. O objetivo é pregar peças a Elite e consequentemente promover uma anarquia.

O livro não é muito grande, a narrativa é bem frenética e gostosa de ler. O teor crítico do livro é muito interessante. Olhem esse trecho maravilhoso...

‘Tyler perguntou contra o que eu estava lutando de verdade.

O que Tyler fala sobre sermos o lixo e os escravos da história é como eu me sinto. Queria destruir todas as coisas bonitas que nunca tive. Queimar a floresta tropical amazônica. Bombear CFC direto para a camada de ozônio. Abrir as válvulas de descarga dos tanques dos superpetroleiros e destampar as plataformas de petróleo em alto-mar. Queria matar todos os peixes que não consigo comprar para comer e sujar todas as praias francesas que nunca verei.

Queria que o mundo todo chegasse ao fundo do poço’

Indico a leitura de Clube da Luta, gostei bastante.

Alice no País das Maravilhas (Lewis Caroll)

sábado, 27 de junho de 2015


O conhecidíssimo ‘Alice no País das Maravilhas’ é um livro pequenino e engraçadinho. 

A história, como todo mundo já deve saber se trata de uma menina que vai parar em um país onde as coisas são muito estranhas: os animais falam e são dispostos a conversar sobre a sociedade e filosofia.


Os diálogos com a lagarta (o que você quer?) e com o gato (não posso te dizer o que fazer, porque não sei aonde queres chegar), são bem legais. Mas ao mesmo tempo o livro é bem confuso e louco em algumas partes, e é engraçado pensar em crianças lendo-o.

Acredito que o desenho da Disney é bem fiel a história, mas compensa ler o livro, visto que é curtinho e de uma história bem tradicional.

Dom Casmurro (Machado de Assis)

quinta-feira, 25 de junho de 2015


O tão aclamado Dom Casmurro (Machado de Assis) me pareceu ameno. A escrita não é tão cansativa, nem muito complicada, mas faltou algum elemento para eu gostar dessa obra.

Esperava mais do livro. Não sei se sou ignorante, ou o que, mas não vi nada de genialidade. Na verdade, o começo do livro me lembrou de Memórias Póstumas de Brás Cubas, outro livro de Machado, quando fala da situação financeira da família, e por se passar também no Rio de Janeiro, e pelo final onde (spoiler) o narrador acaba sozinho e amargo.

A trama é bem construída, mas acho o conhecimento sobre a história de traição entre Bento, Escobar e Capitu, acabou estragando algumas reviravoltas contadas pelo narrador personagem.

Entretanto, não há nenhum confronto interessante, o livro é composto por memórias do narrador (assim como Memórias Póstumas), o que pode nos leva a duvidar de certas passagens, mas, como não conta com o ponto de vista de outros personagens, ficaremos na dúvida.

O enredo conta com uma relação que nasce na infância, floresce na adolescência e chega a se tornar realidade na fase adulta. Mas não é um romance perfeito, pois devido aos ciúmes, pode ou não ter ocorrido uma traição. Porém fica a julgamento do leitor, se ele acredita ou não em Dom Casmurro.


TAG: Doença Literária

sábado, 20 de junho de 2015



1. Diabetes: um livro muito doce. 

Difícil essa pergunta, porque eu não gosto muito de livros superromanticos, me irrita e eu paro de ler, como aconteceu com Diário de uma paixão do Nicholas Sparks. Mas, dentre os que eu consegui terminar a leitura, eu escolheria a saga Crepúsculo.

2. Catapora: um livro que você leu e não lerá de novo. 

Eu pensei na série de livros do Guia do Mochileiro das Galáxias, que eu li o primeiro, e realmente não pretendo ler mais nenhum da série, mesmo todo mundo falando muito bem desses livros, eu não gostei.

3. Ciclo Menstrual: um livro que você relê constantemente.

Não tenho um livro que eu leio constantemente, mas acredito que o livro Doidas e Santas seja o que mais se aproxima de uma resposta correta para essa pergunta, pois é um livro de crônicas e dá pra sempre estar dando uma olhadinha.

4. Gripe: um livro que se espalhou como vírus. 

A trilogia da Seleção ficou bem famosa e o livro Se eu ficar também teve seu bum quando lançou o filme, mas acredito que o último livro, realmente viral, tenha sido o ‘Culpa é das Estrelas’, acho que nenhum o superou até agora. 

5. Asma: um livro que tirou seu fôlego. 

O último livro de tirar o fôlego que li foi Excalibur, do Bernard Cornwell, o último da trilogia Crônicas de Arthur, que apesar de ser parado em vários momentos, quando esquenta, seguuraaa...

6. Insônia: um livro que tirou o sono.

Clube da Luta! Adorei muito o livro, o filme, tudo! E o livro tem um tema muito legal de ser pensado e repensado. Awesome!

7. Amnésia: um livro que você não se lembra muito bem. 

Vários, sofro muito desse problema. Um que não faz tanto tempo que li e já não lembro nada é o Não conte a ninguém do Harlan Coben, e o pior é que nem cheguei a fazer a resenha dele ainda L


8. Mal nutrição: um livro que faltou conteúdo para reflexão. 

House of Night. Sim, são livros bobos e bem juvenis, mas a história simplesmente ficou muito chula, chata e vazia. Não tem propósito. Odiei os últimos livros.


9. Doenças de viagem: um livro que leva para outra época/mundo/lugar.

O último livro que me levou para outra época/lugar foi Excalibur...


*Não sei direito quem criou, mas eu vi no blog Beco Literário e também no canal do Cabine Literária.

Revolução dos Bichos (George Orwell)

segunda-feira, 15 de junho de 2015


Revolução dos bichos é um livro bem famoso, do mesmo autor do aclamado 1884 (George Orwell). É uma leitura bem rápida, pois se trata de um livro curtíssimo.

Mas apesar de curto, o livro aborda temas interessantíssimos, e um dos que eu mais gosto: política.

A história se passa em uma fazenda, a Granja Solar, onde os bichos, cansados do árduo trabalho imposto pelo fazendeiro (configurando-se assim, uma monarquia), resolvem fazer uma revolução para sair dessa situação. Entretanto, assim como a vida, as coisas aqui não são fáceis.

No início os animais possuem ideais, como: não dormir em camas, os bichos seriam autossuficientes, todos seriam iguais etc. Porém, com o passar do tempo, os porcos acabam ‘ascendendo’ ao poder, passando a dar primeiramente pequenas ordens, e depois a realmente mandar nos outros bichos, e o sistema igualitário deles começa a ruir. Aí entra na história a manipulação da ‘mídia’, a corrupção, o egoísmo, a alienação da ‘sociedade’, a impunidade e a dificuldade de agir diante de problemas sociais e políticos. 

É um livro ácido, engraçado e muito real.

A Escrava Isaura (Bernardo Guimarães)

quinta-feira, 11 de junho de 2015




Mesmo sendo leitura obrigatória para determinados vestibulares e estando em algumas listas dos melhores livros da literatura brasileira, eu odiei a Escrava Isaura (Bernardo Guimarães)... Não há nada que surpreenda!

Afinal, apesar de Bernardo Guimarães escrever sobre a escravidão antes da abolição da mesma no Brasil, já não era mais novidade, pois o livro foi escrito mais de dez anos depois da abolição da escravidão negra americana. 

Uma coisa que me incomodou, é que o autor não desenvolve a temática de escravidão, os sofrimentos etc.: Trata-se apenas de um romance bobo e chato.

O principal elemento da história é o amor, pois Leôncio nutre um amor obsessivo por Isaura, sua escrava, e Álvaro, por sua vez, mesmo sendo da alta classe, ama a pobre escrava por sua simplicidade e beleza (nem um pouco clichê). 

A única parte que realmente gostei do livro, é lá para o final dele, onde há algumas duas páginas em que Álvaro e seu amigo advogado discutem sobre a escravidão, a sociedade, os preconceitos e coisas relevantes, que realmente nos fazem pensar. Se o livro tivesse mais trechos assim, com certeza seria muito melhor.


TRECHO ÁLVARO E GERALDO DISCUTINDO SOBRE A ESCRAVIDÃO

- E agora, o que pretendes fazer?...

- Pretendo requerer que Isaura seja mantida em liberdade, e que lhe seja nomeado um curador a fim de tratar do seu direito.

- E onde esperas encontrar provas ou documentos para provar as alegações que fazes?

- Não sei, Geraldo; desejava consultar-te, e esperava-te com impaciência precisamente para esse fim. Quero que com a tua ciência jurídica me esclareças e inspires neste negócio. Já lancei mão do primeiro e mais óbvio expediente que se me oferecia, e logo no dia seguinte ao do baile escrevi ao senhor de Isaura com as palavras as mais comedidas e suasivas, de que pude usar, convidando-o a abrir preço para a liberdade dela. Foi pior; o libidinoso e ciumento Rajá enfureceu-se e mandou-me
em resposta esta carta insolente, que acabo de receber, em que me trata de sedutor e acoutador de escravas alheias, e protesta lançar mão dos meios legais para que lhe seja entregue a escrava.

- É bem parvo e descortês o tal sultanete, - disse Geraldo depois de ter percorrido rapidamente a carta, que Álvaro lhe apresentou; - mas o certo é que, pondo de parte a insolência...

- Pela qual há de me dar completa e solene satisfação, eu o protesto.

- Pondo de parte a insolência, se nada tens de valioso a apresentar em favor da liberdade da tua protegida, ele tem o incontestável direito de reclamar e apreender a sua escrava onde quer que se ache.

- Infame e cruel direito é esse, meu caro Geraldo. É já um escárnio dar-se o nome de direito a uma instituição bárbara, contra a qual protestam altamente a civilização, a moral e a religião. Porém, tolerar a sociedade que um senhor tirano e brutal, levado por motivos infames e vergonhosos, tenha o
direito de torturar uma frágil e inocente criatura, só porque teve a desdita de nascer escrava, é o requinte da celeradez e da abominação.

- Não é tanto assim, meu caro Álvaro; esses excessos e abusos devem ser coibidos; mas como poderá a justiça ou o poder público devassar o interior do lar doméstico, e ingerir-se no governo da casa do
cidadão? que abomináveis e hediondos mistérios, a que a escravidão dá lugar, não se passam por esses engenhos e fazendas, sem que, já não digo a justiça, mas nem mesmo os vizinhos, deles tenham conhecimento?... Enquanto houver escravidão, hão de se dar esses exemplos. Uma instituição má produz uma infinidade de abusos, que só poderão ser extintos cortando-se o mal pela raiz.

- É desgraçadamente assim; mas se a sociedade abandona desumanamente essas vítimas ao furor de seus algozes, ainda há no mundo almas generosas que se incumbem de protegê-las ou vingá-las. Quanto a mim protesto, Geraldo, enquanto no meu peito pulsar um coração, hei de disputar Isaura à escravidão com todas as minhas forças, e espero que Deus me favorecerá em tão justa e santa causa.

Imperador Nihon-Ja (John Flanagan) - Rangers #10

sábado, 6 de junho de 2015


Neste décimo é ‘último’ volume de Rangers, Imperador de Nihon-Já (John Flanagan), fala-se sobre diferenças sociais. Desigualdade. Pobreza. Injustiça. Superioridade da elite. Enfim, temas atualizadíssimos.

Mas, apesar do tema ser muito bom, houve várias coisas que me incomodaram nesse volume. Começando pela rivalidade tosca entre Evanlyn e Alyss. Triangulos amorosos geralmente me irritam, mas permeados de infantilidade, dez vezes pior.

Há também muitas partes desnecessárias (descrevendo processos, como monta o barco, como funciona o navio, af) e repetitivas (Halt passando mal). Como os personagens estão em um território correspondete ao asiático atual, conhecemos uma cultura diferenciada, mas os nomes parecidos do imperador e seu primo, ficaram um pouco confusos até o meio do livro.

Apenas a partir do meio do livro ele começa a ficar legal. Antes temos apenas enrolação e coisas que já sabemos. Outra coisa que me incomodou é que essa história foi muito previsível. Eu sabia exatamente passo a passo o que ia acontecer. Os outros volumes não foram assim. Sério. Não sei o que aconteceu.

Não gostei. É divertido e tem aquela escrita gostosa do John, mas eu esperava muito mais, principalmente se tratando do último livro da saga, já que os outros, 11 e 12 publicados são extras. 

(MOMENTO DESABAFO) SPOILER

Outras coisas que me incomodaram, foram algumas incoerência como deixar uma princesa lutar quando eles são atacados no navio indo para Nihon-Ja ao invés de escondê-la não pareceu sensato. E depois, mais pra frente no livro, e a princesa e Alyss vão para outra missão, onde GIGANTES não matam o ‘demônio’ da floresta, mas duas meninas adolescentes sim. Fora que quando as meninas chegam ao território dos gigantes, fala-se que a viagem para os grandalhões em terra levaria meses, e na viagem de volta eles chegam em dias para ajudar o Imperador.

É o último livro e Will quase não aparece, e o final foi meio chatinho, nada de surpreendente.
Queria Will com Evanlyn. Acho que ele merecia. Protegeu-a, viveu com ela na cabana lá no livro 3/4 e no fim fica com Alyss?

Halt em Perigo (John Flanagan) - Rangers #9

terça-feira, 2 de junho de 2015


Para começar essa semana, mais uma resenha da série Rangers – Ordem dos Arqueiros (John Flanagan). Conversaremos sobre o livro nove, Halt em Perigo.

Esse livro dá continuidade ao enredo do livro oito, ou seja, Halt, Horace e Will estão em uma missão no reino de Cromnel. Com esse império já estável, Halt agora pretende vingar a morte de seu irmão e acabar com os golpistas da fé. Durante a perseguição, vamos acabar em outro reino, Picta, na fronteira norte de Araluen, e temos mais do mundo de John Flanagan para nós leitores.

O livro é muito legal. Está recheado de situações cômicas e sarcásticas: Halt, Horace e Will passam o tempo todo se provocando, relembrando os pontos fracos de cada um... É muito engraçado! Porém ao mesmo tempo tem situações tensas, e até mesmo algumas de deixar com lágrimas nos olhos.

Outra coisa que já faz tempo que queria falar sobre essa série, é fato de não haver protagonistas chatos. Já são nove livros, e não criei nenhum sentimento de aversão por Halt, Horace ou Will, pelo contrário, gosto muito de todos. Isso é legal de dizer, pois são poucos os livros que não possuem personagens principais irritantes, repetitivos e enfadonhos.

Enfim, é muito bom e que venha o último volume agora!

(MOMENTO DESABAFO) SPOILER

Não gostei do título desse livro. Só de saber que nessa história Halt estaria em perigo já me deixou preocupada. Livros medievais são cheios de morte, até mesmo os mais bobinhos, como em (SPOILER ERAGON/ELDEST) Eragon/Eldest em que Brom morre, e se Halt morresse, eu morreria de chorar. Mas ainda bem, isso não aconteceu.

Quando Halt toma aquela flechada, já fiquei em pânico, aí passa, está tudo ok. E eu penso: tomara que seja essa flechada a razão do título. Então quando ele começa a piorar, me deu uma agonia! Aconteceu com vocês?

 
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