A seleção - Kiera Cass #1

domingo, 27 de setembro de 2015


A história se passa em um futuro não muito distante, onde a monarquia se instalou como sistema administrativo dos Estados Unidos. A população foi dividida em castas, que só podem serem escaladas por meio do casamento, o que faz as garotas buscarem por garotos da sua casta para cima; peguei na Wikipedia a explicação das oito castas pois não lembrava de cabeça:

Casta 1: A nobreza e o Clero.
Casta 2: Celebridades, modelos, atletas profissionais, políticos, atores e oficiais.
Casta 3: A elite, educadores, filósofos, inventores, escritores, cientistas, médicos, veterinários, dentistas, arquitetos, bibliotecários, engenheiros, psicólogos, cineastas, produtores musicais, advogados.
Casta 4: Fazendeiros, joalheiros, corretores de imóveis e de seguros, chefes de cozinha, mestres de obras, proprietários e donos de restaurantes, lojas e hotéis.
Casta 5: Artistas, músicos e dançarinos.
Casta 6: Secretários, serventes, governantas, costureiras, balconistas, cozinheiros, motoristas.
Casta 7: Jardineiros, pedreiros, lavradores, pessoas que limpam calhas e piscinas, e quase todos os trabalhadores braçais.
Casta 8: Pessoas com deficiência (especialmente quando desamparadas), viciados, fugitivos, sem-tetos.

O que desencadeia o enredo, é que o príncipe está em busca de sua parceira, e nesse reino, acontece um reality show para que se escolha a nova princesa, forma encontrada para que todas as castas tenham uma esperança de subir na vida.

Acontece aí, que America, garota da casta 5, de namorico com um boy da casta 6, é fortemente incentivada pela família a se inscrever ao reality show que formará a nova princesa. Mesmo não querendo, America se inscreve, e adivinhem? É selecionada.

O livro começa bem legal e frenético, tem uma ótima temática, é jovem mas não infantil, enfim, tinha tudo para dar certo, se não fosse o bendito triângulo amoroso, que me irrita até as entranhas.

Apesar desse livro ser considerado uma distopia, não é discutido muito a sociedade e os problemas, abordando mais as futilidades entre as meninas que concorrem ao cargo de princesa e suas roupas/eventos etc. Acho que a parte mais triste dessa distopia é ver que no futuro continuamos conservadores e fúteis.

Em suma, achei bem mediano, espera mais devido as resenhas que vi, mas sei lá, cheguei a conclusão que estou ficando velha. Infelizmente esse livro fazia parte da minha lista de 12 livros para 2015, e provavelmente não cumprirei, pois essa é uma das trilogias que não pretendo terminar. Se você gosta de romances históricos e está sem opção, essa é uma ótima alternativa, mas se você procura por algo mais crítico e adulto, dê uma olhada pelas resenhas do blog, que tem muitos livros do gênero com enredos superiores, como 1884 ou A revolução dos bichos

Vidas Secas - Graciliano Ramos

domingo, 20 de setembro de 2015


Trata-se de um livro muito triste. Passa-se no sertão Nordestino, onde uma família de cinco integrantes (Fabiano, Sinhá Vitória, dois filhos e uma cadela) tentam sobreviver à seca e às condições sub-humanas que encontramos no sertão.

Não tem um enredo muito complexo, são apenas fatos corriqueiros que acontecem com uma família extremamente pobre, o que dá uma originalidade ao livro. Afinal, as pessoas ali estão lutando para sobreviver e não tem tempo de ficar filosofando e pensando em futilidades.

Além da pobreza, os personagens são ainda analfabetos, fazendo o autor optar por poucos diálogos, e até o próprio Fabiano tem um trecho pensando sobre isso: não fala pois não sabe o que falar e  tem medo de ser vítima de chacota.

No geral o livro tem um vocabulário bem complicadinho, e a história não é daquelas que te pega e faz ler até o final com uma ânsia do que vai acontecer, ao contrário, a narração do cotidiano dessa família apenas nos dá uma angústia pelo sofrimento. 


É um dos livros que mais se sente dó dos personagens: são enganados, maltratados, desesperançosos, marginalizados, animalescos, excluídos e desinstruídos. Vemos com 'Vidas Secas' que a pobreza e a ignorância é um negócio complicado e difícil de resolver, que resulta em pessoas alienadas, desanimadas e tristes. 

Para quem vai fazer vestibular, pode ler tranquilo, é chatinho mas também bem curtinho, e até tem seus momentos bons e passagens interessantes e reflexivas. Aliás o autor é bem interessante e até pretendo ler um outro livro seu: Memórias do Cárcere. Se tiver interesse, fique atento para as próximas resenhas.

TAG: Princesas Disney

sexta-feira, 11 de setembro de 2015


1) Branca de Neve: um livro com a capa branca.

Vidas Secas - Graciliano Ramos. Apesar de ser um livro chatinho de se ler, tem uma história interessante, que aborda questões importantíssimas da alienação e exclusão social.

2) Bela (Bela e a Fera): um livro que você já leu mais de uma vez.

Ainda não cheguei nessa fase de reler livros, pois tenho tantos na lista de espera, que me parece bobagem reler algum agora. Mas pretendo ler novamente 'O caçador de pipas', que fui um livro que li a bastante tempo, e que amei demais.

3) Aurora: um livro que você tentou ler várias vezes, mas que acabou "dormindo".

Infelizmente, Dragões de Éter. Peguei várias vezes para ler quando estava de férias, mas não fluiu.

4) Jasmin: um livro com um bicho de estimação muito querido.

Nossa, pergunta difícil pois não li muitos livros com animais, inclusive uma coisa estranha das distopias atuais, é que elas nunca citam o que aconteceu com os animais né? Mais alguém já percebeu isso? Enfim, acho que colocaria Aslan, o leão das Crônicas de Nárnia, pois foi o último livro com animais que li.

5) Ariel: um livro ou autor que você coleciona.

Não coleciono nenhum autor, mas os três autores que pretendo ler mais são: Marcelo Rubens Paiva; Bernard Cornwell; e Chuck Palahniuk.

6) Elsa: um livro que se passa no inverno.

Eu ia colocar As crônicas do gelo e do fogo né, mas como ainda não chegou o inverno em Westeros, vou de O guardião de memórias (Kim Edwards), que não se passa totalmente no inverno, porém, uma importante parte da trama é nessa estação, e apesar de ser um livro mediano, tem uma temática interessante: A síndrome de Down.

7) Rapunzel: um livro longo (em número de páginas ou que a história é muito arrastada).

Convergente (Veronica Roth) está difícil de terminar. São cerca de 500 páginas, e está beeeeeeem chato.

8) Cinderela: um livro ou série que se perdeu no meio do caminho.

A trilogia Maze Runner. SPOILER SPOILER SPOILER. Bem, o próprio título cita um labirinto, porém, os personagens saem do labirinto no primeiro livro e depois é só enrolação e tramas bem mornas e chatinhas.

Bom foi isso então, a TAG eu vi no blog http://melinasouza.com, espero que tenham gostado, deixe seu comentário, e um beijo.

Insurgente (Veronica Roth) #2

sábado, 5 de setembro de 2015


O segundo livro de Divergente, Insurgente, é bem ruinzinho.

A história recomeça na sede da Amizade, para onde se refugiaram o grupo de Tris. Uma caça mortal pelos divergentes se instaura, a pedido da Erudição; Beatrice está traumatizada após todas as mortes; e inocentes sofrem no meio dessa batalha por poder.

Achei esse livro muita enrolação, nada de realmente importante acontece até o último capítulo: é chato e entediante. A única coisa boa desse livro, é que conhecemos melhor todas as facções, já que Beatrice vai perambular pela sede da Amizade, Franqueza e Erudição, que ainda não haviam sido expostas ao leitor. Veronica Roth quer ser a nova George R. R. Martin, matando todo mundo na história, mas falha, porque isso não deixa Insurgente mais interessante.

Beatrice está muito chata nesse volume, chorona e querendo voltar para a Abnegação, pois nem manejar uma arma, consegue mais. Há uma guerra, querem pegá-la, ela foi treinada para isso e ela fica de graça. Para que vocês tenham uma noção, até no filme esse detalhe é ignorado, de tão sem sentido que é.

O relacionamento de Tris e Quatro, fica bem irritante: os dois ficam de joguinhos, mentirinhas e discussões absurdamente infantis. E ainda por cima os amigos de Tris estão mortos, salvo a Christina, que, porém, ainda está puta com a morte de Will.

Alguém precisa parar a Erudição, mas como? O que eles estão escondendo? Por qual informação os pais de Tris morreram? Essas são as perguntas que direcionam o segundo volume de Divergente.

Eu não gostei do final e não gosto do rumo que a história está tomando. Acredito que se Veronica focasse no problema entre facções (a única coisa realmente legal do livro), Insurgente, e consequentemente Convergente (que eu nem li ainda), seriam bem melhores.
 
FREE BLOG TEMPLATE BY DESIGNER BLOGS