TAG: 12 livros para 2016 + Desafio Devoradores

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015


Genteeee, como comentei no post anterior, apesar do fracasso da listinha de 2015, é irresistível fazer listas, então aqui vai os 12 livros que mais quero ler em 2016:
  1. Ética e Vergonha na Cara - Mario Sérgio Cortella e Clóvis de Barros Filho.
  2. O Nome do Vento - Patrick Rothfuss.
  3. Coraline - Neil Gaiman.
  4. Perdido em Marte - Andy Weir.
  5. Na Natureza Selvagem - Jon Krakauer.
  6. As Veias Abertas da América Latina - Eduardo Galeano.
  7. Ardil 22 - Joseph Heller.
  8. Nós - David Nicholls.
  9. O Amor É Um Cão dos Diabos - Charles Bukowski.
  10. O Arqueiro - Bernard Cornwell.
  11. Queda de Gigantes - Ken Follet.
  12. Travessuras de Menina Má - Mario Vargas Llosa.
Bom é isso, nem coloquei trilogias dessa vez para não complicar mais. Em 2016 também pretendo participar do desafio do grupo do Facebook, Devoradores de Livros, que são 12 também, porém mensais:

JANEIRO (UM LIVRO COM NÚMEROS NA CAPA): Um Mais Um - Jojo Moyes;

FEVEREIRO (UM LIVRO DE FICÇÃO FANTÁSTICA NACIONAL): Os Sete - André Vianco;

MARÇO (UM LIVRO DE CAPA VERMELHA): O Jogo da Amarelinha - Julio Cortázar;

ABRIL (UM LIVRO DE CAPA AZUL): A Bússola de Ouro - Philip Pullman;


MAIO (UM LIVRO QUE VIROU FILME): Quem é Você, Alaska? - John Green [PS: o filme tem previsão de lançamento para 09/06/2016];

JUNHO (UM LIVRO BASEADO EM FATOS REAIS OU UM DRAMA): Precisamos Falar Sobre o Kevin - Lionel Shriver;

JULHO (UM LIVRO ESCRITO POR UMA MULHER): A Corrida de Escorpião - Maggie Stiefvater;

AGOSTO ( UM LIVRO ESCRITO POR UM DEVORADOR/A): A Garota da Casa Grande - Amanda Marchi 

SETEMBRO (UM LIVRO COMOVENTE OU UM ROMANCE HISTÓRICO): Os Miseráveis - Vitor Hugo [Siiim, um grande desafio este kkkk];

OUTUBRO (UM LIVRO QUE DÊ MEDO OU UMA COMÉDIA): A Condessa Sangrenta - Alejandra Pizarnik;

NOVEMBRO (UM LIVRO DE AUTOR JAPONÊS OU AFRICANO): Battle Royalle - Koushun Takami;

DEZEMBRO (UM LIVRO DE FICÇÃO CIENTÍFICA OU UMA BIOGRAFIA): Mujica - A Revolução Tranquila - Mauricio Rabuffetti.

Assim, para a meta de 2016 ficam 24 livros, que serão comentados aqui no blog. Enfim, um excelente ano novo para vocês, e que 2016 venha nos surpreender!

Fechamento 2015

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015


Olá meus queridos! Venho hoje compartilhar o que achei das leituras de 2015.

Primeiramente, achei legal porque esse foi um dos anos que mais li e, mais importante que isso, fiz excelentes leituras, de livros renomados e que realmente acrescentaram na minha vida. Os nove mais queridos do ano foram:

  1. Misto Quente;
  2. Clube da Luta;
  3. Eleanor & Park;
  4. Trilogia Rei do Inverno;
  5. Vidas Secas;
  6. Capitães da Areia;
  7. Jogos Vorazes;
  8. Feliz Ano Velho
  9. Sobre Meninos e Lobos
Em janeiro/fevereiro sairá a TAG Oscar Literário na qual avaliarei melhor os livros, mas no geral, foram esses os meus favoritos de 2015.

Outra coisa que queria esclarecer neste post, é o resultado da listinha feita no final do ano passado (AQUI) em que selecionei 12 livros/séries para 2015. Posso dizer que fracassei bastante na lista kkkkk, mas vamos destrinchar os fatores que me levaram a não ler, e os que li, se gostei.


1) O cemitério - Stephen King >>> NÃO LIDO <<<

* Depois de ler O iluminado e não gostar, fiquei receosa e desisti de Stephen King por uns tempos.

2) Vidas secas - Graciliano Ramos >>> LIDO, RESENHA <<<

* O que me impulsionou a ler foi o vestibular, e apesar de não ser sido uma leitura fácil, eu gostei.

3) O colecionador - John Fowles >>> LIDO, RESENHA <<<

* Foi o primeiro livro que li em 2015 e é bem divertido.

4) Trilogia Millenium - Stieg Larsson >>> PARCIALMENTE LIDO, RESENHA EM 2016 <<<

* Li apenas o primeiro volume, Os homens que não amavam as mulheres e até mesmo a resenha já está pronta, mas vou segurar para 2016. Eu gostei do livro, porém esperava mais, e como são livros absurdamente grandes, talvez leia um por ano.

5) Um caso perdido - Colleen Hoover >>> NÃO LIDO <<<

*Esse livro entrou para a lista pois uma amiga me indicou, mas acabei perdendo o interesse por ele. Quem sabe em 2016.

6) Capitães da areia - Jorge Amado >>> LIDO, RESENHA <<<

* Outro livro lido por causa do vestibular, mas que eu adorei. Super indico e pretendo ler mais alguma coisa de Jorge Amado em 2016. Veremos.

7) O Diário de Anne Frank >>> NÃO LIDO <<<

* É um livro que não li neste ano, mas que com certeza está nos meus planos lê-lo qualquer dia.

8) Os Sete - André Vianco >>>NÃO LIDO <<<

* Eu vi este livro apenas uma vez na biblioteca e perdi a oportunidade de levá-lo naquele dia e nunca mais o encontrei. Acho que esse foi o principal motivo de não ter o lido. Talvez esteja no mês do terror de 2016.

9) Sobre Meninos e Lobos - Dennis Lehane >>> LIDO, RESENHA EM 2016 <<<

* Adorei, muito bom mesmo. É bastante cansativo, mas compensa.

10) Trilogia A seleção - Kiera Cass >>> PARCIALMENTE LIDO, RESENHA <<<

* Li apenas o primeiro volume e achei muito água com açúcar e muito previsível. Bem diferente do que eu esperava. Não tenho vontade de terminar.

11) Laranja Mecânica - Stanley Kubrick >>> NÃO LIDO <<<

* Tive problemas para conseguir esse livro também. Ficou tempos reservado na biblioteca e no fim não deu em nada. Mas continua na listinha.

12) Trilogia Sevenwaters - Juliet Marillier >>> NÃO LIDO <<<

* Depois que descobri que esse trilogia é composta por livros gigantes, dei uma desanimada. Mas pretendo lê-los ainda sim!

Enfim gente, como disse, foi um fracasso, li metade do que foi proposto kkkkk, mas como sou brasileira e não desisto nunca, já estou preparando a lista de 2016, aguardem!

TAG: Alice no País das Maravilhas

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015


Oi gente! Como estou soterrada de coisas para fazer e é fim de ano, decidi que neste mês vou fazer apenas o fechamento do ano e a listinha para 2016. Para o mês não ficar tão vazio, achei a TAG Alice no País das Maravilha, no blog da Serendipity, e gostei bastante, e como li Alice esse ano, achei propício responder, enfim, vamos lá:

  • Alice: um livro que te fez cair em um mundo completamente diferente
Li muitas distopias esse ano como Legend, Divergente, Jogos Vorazes e até mesmo Maze Runner, mas como essas são respostas bem óbvias, vou selecionar o livro Branca de Neve e os Sete Zumbis, que é um livro de contos, mas que são interligados e nos levam a um mundo medieval cheio de mistérios e horrores bem diferentes daquelas histórias meiguinhas que conhecemos quando criança.

  • Chapeleiro Maluco: um livro com um protagonista louco

Só consigo lembrar do narrador do Clube da Luta (do qual não é dito o nome). Enfim, quem já leu sabe que não posso falar muito, porque é fácil dar spoiler. Para quem não leu, super indico, entrou para a lista dos meus livros favoritos fácil.

  • Coelho Branco: um livro que atrasou suas leituras

Esse ano acredito que foi Jogos Vorazes, pois inicialmente nem tinha intenção de ler, aí como estava para sair o filme, resolvi dar uma chance, adorei, terminei os três livros em uma semana e bateu uma bad, uma ressaca literária, que enquanto não vi o filme, não passou.

  • Gato risonho: um livro que te fez rir muito

Acho que foi Feliz Ano Velho, porque apesar de ser um livro sobre um acidente, o Marcelo Rubens Paiva é muito engraçado e as passagens da vida dele e seus pensamentos são demais. 

  • Lagarta azul: um livro que fez você refletir

Li Capitães da Areia no começo desse ano, quando as mídias brasileiras estavam fervendo com o assunto da redução da maioridade penal, e esse livro me fez refletir demais e até mesmo ajudou a me posicionar contra a redução, pois ele mostra a realidade dos 'pivetinhos' e acredito que todo mundo que já leu tem uma opinião diferente sobre crianças que cometem pequenos crimes.

  • Tweedledee e Tweedledum: dois livros que são parecidos

Garota Exemplar e Não Conte a Ninguém, os dois são basicamente a mesma coisa: a mulher desaparece, fica o livro inteiro procurando, tem flashes do passado, enfim, para mim, são muito semelhantes.

  • Rainha de Copas: um livro cujo autor adora matar personagens

Eu não consegui terminar de ler a trilogia Divergente ainda, mas cara, a autora mata bastante gente hem!

********** 1 ANO DE BLOG **********

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015


Só para deixar registrado aqui, hoje, 09/12/2015 o blog Feitiço Literário comemora um ano de existência!!!

A ideia de construir um blog literário era algo que eu queria há muito tempo, mas todos os blogueiros sabem que manter um blog atualizado não é fácil, e não foi fácil para mim também, já que este é meu ano de vestibular e foi bem corrido no ensino médio.

Mas no fim deu tudo certo, acredito que este mês de dezembro foi e será o mais paradinho por que devido as provas que venho fazendo não tive muito tempo de ler, o que atrapalhou as montagens dos posts, mas 2016 está aí, e espero trabalhar muito e crescer muito!

Obrigada a todos que passaram por aqui e que leram pelo menos um linhazinha, elas foram escritas com muito amor e verdade.

A esperança (Suzanne Collins) - THG #3

sexta-feira, 20 de novembro de 2015


Acabei faz poucos minutos de ler Mockingjay, e espero que escrever essa resenha me ajude a decidir se gostei ou não do desfecho dessa história que tem me atormentado nesses últimos dias.

Bom, depois que o Peeta foi abandonado junto com outros vencedores para trás na arena, a Katniss fica bem bolada no Distrito 13. Sim, o 13 ainda existe, sua população vive no subsolo e eles querem levar a Capital ao chão, mas para isso, precisam do Mockingjay, a ser representado por Katniss, para dar aos rebeldes, esperança.

A partir daí muita coisa inútil acontece e o ritmo não colabora. Vi algumas resenhas falando que o livro provoca um estresse e uma raivinha lá no fundo do coração, e comigo não foi diferente. Mas claro, é inegável que a trilogia é viciante e mesmo com ódio você não consegue parar de ler, porque você simplesmente precisa saber o que vai acontecer.

Katniss acaba aceitando ser o Mockingjay e passa a ir em alguns distritos dar um apoio moral para os rebeldes e até mesmo para sabotar a Capital. Ela se reaproxima bastante de Gale e eles ficam metade do livro irritando você, que só quer ver a porra da guerra.

É só depois da metade do livro que as coisas começam a esquentar. Mas não se iluda, o final é doloroso.

MOMENTO DESABAFO - SPOILER

Analisando o livro como um todo, podemos dizer que o Peeta só se fode: ama uma garota desde a infância que não liga para ele, é meio inútil, só se fode nos jogos, fica perneta, quase morre toda hora, não sabe fazer nada, é pego pela capital, torturado e toda a sua família morre. Gente, coitadinho.

Aí tudo isso acontece com o garoto, e quem fica de drama? Isso. Katniss. O motivo? Ainda não sei. Veja bem, ela estava chateadíssima por terem abandonado Peeta, até aí ok. Mas depois o Peeta é resgatado, com sérios problemas e o que ela faz? Nada. O ignora e parte para o trabalho de Mockingjay e fica surtando lá. O que concluímos? A Katniss é uma puta, até o Haymitch fala.

“Se você fosse pega pelo Capitol e sequestrada, e então afligida para matar Peeta, essa é a forma que ele estaria tratando você?' Requere Haymitch.

Eu caio em silêncio. Não seria. Isso não é como ele estaria me tratando. Ele iria tentar me ganhar de volta a qualquer custo. Não me excluindo, me abandonando, me tratando com hostilidade todo o tempo. ”

Exatamente Haymitch, ajuda o menino Katniss, ele acima de tudo, é seu amigo. Qual o problema dela? A família dela estava com ela, a Capital caindo, os distritos lutando, por que ela fica tão louca?

Aí a Suzanne me vem, e fode mais um pouco, massacrando a paciência do leitor com um triângulo amoroso horrível e escroto. Katniss está em uma guerraaaaa não tem que ficar de drama por causa de garotos! Cú doce do inferno, não sabe quem ama, fica de boa então. Não pega ninguém, certo? Agora fica distribuindo beijos por aí, ‘BLÁBLÁBLÁ, não sei quem vou escolher depois que acabar a guerra LÁLÁLÁ’...... aí que ódio gente.

A guerra final foi mediana, não vemos realmente como a capital é detida, mas tem muito sangue, mortes, pressão sobre os personagens: é aquela emoção. Achei o fim do presidente Snow e da Coin bons. Não gostei da morte de Prim, achei super desnecessária e acredito que ficou faltando fechar melhor a história, sobre o que aconteceu na capital e com os outros distritos, inclusive com o 13, etc.

É claro que o final não seria flores, pois o livro contou uma guerra, e as pessoas que saem dela, ficam com sequelas. Eu achei plausível o final dos personagens, que com certeza não irradiarão mais felicidade depois de tudo o que aconteceu. É claro que eu esperava um maior desenvolvimento no relacionamento de Peeta e Katniss, porque depois da indiferença dela nesse terceiro livro, achei que ela acabaria sozinha, ou no mínimo, com o Gale, mas né. O final dado a Gale foi bem ruim e mal explicado: seria melhor se tivesse morrido com pacificadores, ou sei lá, achado outra menina.

Enfim, o que eu teria feito nesse último livro e que acredito que teria ficado melhor:

- No segundo livro, quando a Katniss e o Peeta se noivam, o Gale poderia ter se conformado que a tinha perdido, e ido procurar outra paixão, que poderia ser a Madge (filha do prefeito, que deu o pingente do Mockingjay pra Katniss), que até é alvo de ciúmes quando ela arruma remédios para o Gale, super achei que eles ficariam juntos.

- Assim, começaria o terceiro livro sem o triângulo amoroso Gale-Peeta-Katniss. Katniss teria mais tempo para se dedicar ao Peeta quando ele fosse resgatado, o que poderia ter intensificado o romance deles desde a metade do livro, e não nas últimas três páginas. Fora que o Peeta poderia ter participado mais da queda da capital, porque ele novamente é jogado para o escanteio.

- Eu mataria o Finnick talvez, para dar aquela emoção, mas a Prim não. Menos um baque para a Katniss, fora que a forma como a morte foi executada foi bem escrota né.

- Teria explicado melhor a estratégia do Distrito 13 para invadir/destruir a Capital e também sobre o que acontece depois que a guerra termina.
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Enfim, dei quatro estrelas no Skoob, por acreditar que a Suzanne não foi muita cuidadosa com o final e optou por utilizar-se do famoso triângulo amoroso ao invés de construir uma relação séria, preferiu ficar 150 páginas nos dramas inexplicáveis de Katniss ao invés de priorizar mais páginas para explicar o que se deu no território de Panem com mais detalhes, e por fim, deixou de trabalhar um final mais digno para todos os personagens: largou o Gale a sua própria sorte, o Peeta com uma vadia e a Katniss com um rapaz que ela não ama de verdade.

Quero o filme logooo, acho que vai complementar bem  o livro, mostrando melhor a tomada da capital, a morte de Prim, o que aconteceu com Panem no fim da guerra e o romance Peeta/Katniss.

Em chamas (Suzanne Collins) - THG #2

quinta-feira, 12 de novembro de 2015


No segundo volume de Hunger Games, o presidente Snow está puto com a Katniss por desafiar a Capital e dá a ela um ultimato: ou convença a população de que o episódio com as sementes venenosas foi um ato de amor, ou seus entes queridos sofreram as consequências. O problema de voltar a fingir o romance, é que o Peeta está meio puto também, depois de descobrir que Katniss estava apenas atuando no jogo, enquanto ele se dava de corpo e alma.

Mas enfim, o livro começa contando como anda a vida de Katniss e Peeta, que agora são vencedores dos jogos, o que melhorou suas vidas financeiras, já não precisam se preocupar com a falta de alimentos para suas famílias, e sim com o assédio e falta de privacidade, pois agora são famosos.

O casal mais querido da Capital, Peeta e Katniss são forçados pelas circunstâncias a se aproximarem e a encenarem um grande amor, pois a viagem ao longo dos doze distritos está para começar, e as câmeras não querem perder um flash desse romance. Mas quando a trajetória começa, a aparição de Katniss só piora os atos rebeldes nos distritos, o que a faz propor um noivado com Peeta para tentar acalmar os ânimos.

Como nem o noivado aquieta os distritos, a edição comemorativa de 75 anos de Hunger Games, vai ter como participantes os vencedores de cada distrito, para mostrar que nem mesmo os mais fortes são capazes de subjugar o poder da Capital, o que é uma péssima notícia para Katniss, já que o distrito 12 só possuí três vitoriosos: Katniss, Peeta e Haymitch. Assim, os pombinhos vão parar novamente na arena.

Eu já tinha ouvido falar em outras resenhas que os livros de Suzanne Collins eram bem enrolados e demoravam para começar o que realmente interessa, mas acho que esse segundo volume é bem pior que o primeiro: são cerca de 150 páginas (metade do livro) para começar a ação.

Além da demora para acontecer algo interessante, ainda tem passagens extremamente irritantes de um triângulo amoroso babaca e muuuuuuuuuuito clichê: dois boys magias por perto, Katniss, lógico, fica confusa, não sabe quem quer, o que fazer etc. 

Apesar de tudo, o livro possui muitos pontos positivos, como um leque de personagens maior e um pouco mais de conhecimento sobre os distritos. A ideia do jogo de comemoração de 75 anos foi estarrecedora e Suzanne acertou em cheio. O final foi de partir o coração e achei uma puta sacanagem com o Peeta, sério, fiquei tão bolada que tive que começar Mockingjay em seguida.

Hunger Games (Suzanne Collins) - THG #1

quarta-feira, 4 de novembro de 2015


Resenhar Jogos Vorazes é uma coisa complicada de se fazer, pois todo mundo que vive nesse planeta já ouviu falar e sabe mais ou menos do que se trata a história. Mas enfim, farei uma breve sinopse sobre o livro, destrincharei alguns pontos e comentarei sobre minha leitura em inglês.

Bom, a história se passa num futuro, onde depois de vários transtornos climáticos, os Estados Unidos foram parcialmente destruídos e para retomar a paz, é criado um novo país, Panem, composto por treze distritos governados por uma Capital. Porém, uma tensão devido a dominação, fome e pobreza, acaba levando o país a uma guerra. A Capital acaba vencendo essa guerra e destruindo o distrito 13 por terem se rebelado.

Panem depois da guerra, ficou pior, pois além da pobreza, da acentuada concentração de renda na Capital, da fome e da falta de liberdade, ainda precisam lidar com um jogo cruel, o ‘Hunger Games’, posto como forma de lembrar a superioridade da capital e instigar o medo. O jogo tem como participantes um garoto e uma garota entre 12 e 18 anos de cada distrito (sendo 24 jogadores), que são colocados em uma simulação controlada pela capital e obrigados a lutar até restar apenas um sobrevivente. O vencedor ganha melhores condições para seu distrito e uma certa fama, já que os jogos são transmitidos ao vivo pela televisão para toda a população de Panem.

Assim surge Katniss Everdeen, uma garota que apesar de seus poucos dezesseis anos, precisa sustentar a mãe e a irmã. Elas moram no Distrito 12, conhecido pela mineração (trabalho que o pai de Katniss exercia quando morreu), e quando chega o festival, chamado de Colheita, que sorteia os nomes dos próximos participantes do Hunger Games, a tensão e a angústia aumentam. Para Katniss, este ano é o pior de todos, já que sua irmãzinha, quatro anos mais jovem, Primrose, concorrerá pela primeira vez aos jogos.

Quando no festival o nome de Primrose é dito, convocando-a ao Hunger Games, Katniss não vê outra opção, senão a de ir no lugar de sua irmã de apenas doze anos. Ainda estarrecida, Katniss fica sabendo ainda, que o garoto que irá acompanhá-la é Peeta, que tem a sua idade e já a ajudou a não morrer de fome, coisa que ela nunca agradeceu. Cada um precisa então manter uma estratégia para se manter vivo e quanto mais os telespectadores gostarem de você, melhor.

E os jogos começam. 

A leitura começa lenta, com os detalhes sobre Panem, a Capital, o distrito 12 e vida de Katniss, mas quando o jogos começam, fica bem frenética e você lê muito rapidamente. As críticas sociais como a concentração de renda, a transformação do sofrimento de uns como meio de entretenimento para outros (muitos jornais sensacionalistas o fazem), a questão de até onde o ser humano pode chegar para garantir sua sobrevivência, são um ponto forte do livro.

Os personagens são muitos bons, a Katniss tem força e determinação muito bacana, o fato de ela saber se proteger e não precisar de garotos lhe dando apoio é muito legal também; o Peeta é muito fofinho e acredito que conquiste a maior parte dos leitores sem problemas; a população da capital também é bem bizarra, mas fácil de ser visualizada; enfim, tudo muito bem construído.

Duas coisas que me incomodaram no livro foram, primeiramente, os dramas que a Katniss faz para tudo: com a mãe/irmã, com o Peeta, quando ela faz o primeiro teste para os Gamemakers etc.... E a outra coisa, foi o final, que achei meio escroto a explicação para a mudança da regra dos vencedores, uma hora é, outra não é, WTF?

Eu já tinha assistido ao filme, por isso sabia o enredo, o que facilitou na hora de ler em inglês. Eu particularmente apanhei um pouco no começo, mas depois acostuma. Só não fique parando excessivamente para consultar o dicionário, pois fará você desistir. Outra coisa que me impulsionou ler Hunger Games, é que o livro possui o audiobook disponível na íntegra no YouTube, o que ajuda demais. É claro que é difícil entender 100%, mas você vai pelo contexto e dá sim para ler Hunger Games numa boa.

O Iluminado (Stephen King)

sábado, 31 de outubro de 2015


O livro escolhido para encerrar esse mês do terror foi O Iluminado (Stephen King).

O que mais me agradou no livro foram os personagens: Jack, um alcoólatra em recuperação meio descontrolado; seu filho Dany, um garotinho sensitivo; e Wendy, a mãe, uma mulher que vive meio encurralada. Outra coisa bem legal é o cenário, como citei na TAG do Oscar Literário, que é excelente para um enredo de medo, já que a história se passa no Hotel Overlook, durante o inverno, onde o Hotel fica isolado da civilização e apenas a família do zelador permanece nele.

A história começa quando Jack, após perder o emprego e a confiança da esposa devido a acessos de raiva, consegue um emprego como zelador em um grande hotel, que como já dito, fecha durante o inverno. A esposa mesmo não gostando muito da ideia de ficar isolada do mundo com o marido que pode a qualquer momento ter uma recaída e o filho consideravelmente problemático, acaba aceitando, pois seu filhinho é completamente apaixonado pelo pai e também porque ela não tem para onde ir.

Após o isolamento coisas estranhas passam a acontecer, memórias antigas ainda fazem parte do hotel, e com a força interior grandiosa de Dany chegando ao local, ocorrem mudanças no clima do Overlook... Mas claro, não vou falar mais nada para não perder a graça. O problema de O Iluminado é que ele começa bem, mas...

Eu não gostei muito dos elementos de terror do livro. Apesar de às vezes dar um medinho, só prometia e não cumpria. Ou seja, os personagens são bons, assim como o cenário, mas o desenrolar da história em si, não.  O final não surpreende, mas ao todo é um livro mediano.



(MOMENTO DESABAFO) - SPOILER

Bom, esperava mais do livro, com certeza. Como já disse, ele começa bem, mas depois fica um lixo e o final então, pura decepção, já que pelo decorrer dos últimos capítulos você sabe exatamente como tudo vai acabar.

Livros de terror costumam ter mortes, tortura, incerteza, dor, medo... Tem tudo isso em O Iluminado, mas nada de forma convincente, pois os flashbacks que acontecem com as pessoas que já se hospedaram no Overlook, não dão a mesma intensidade a cena, que daria se estivesse acontecendo com os personagem centrais da trama, que você tem um apego e tal.

Diz-se que o hotel é isolado, e então o COZINHEIRO do hotel, de aproximadamente 60 anos, que falou UMA VEZ com Dany, faz uma super maratona, correndo sérios riscos de vida para salvá-los?

A coisa, espírito sei lá o que ronda pelo Overlook, morre gritando? Deixa seu querido hotel, que ele habita há muito tempo, EXPLODIR porque ‘esqueceu’ da caldeira, sendo que ele controla tudo no hotel, como elevador e as trancas das portas? Ah por favor, né.

O REDRUM era só murder mesmo? Nenhuma explicação sobre isso? O garotinho que o Dany vê, é ele no futuro? Tipo, what? Sério não entendi qual é a desse livro.

#RECADINHO

domingo, 25 de outubro de 2015



Gente, fui inventar de começar a ler Jogos Vorazes, e para quem já leu, sabe que a trilogia é extremamente viciante, e enquanto não terminei de ler, não sosseguei. Agora adivinhem o que toda essa correria me causou? Sim, uma ressaca literária. Estou bem deprê com o fim de Hunger Games, o que atrasou meu cronograma de leitura de contos, então nesse primeiro ano do mês do terror, teremos apenas os contos de Branca dos Mortos e os Sete Zumbis, e uma resenha do Iluminado, que sairá no fim do mês.

Beijos, obrigada pela atenção, e em novembro saem as resenhas de Hunger Games.

PS.: Alguém mais está morrendo de ansiedade para ver o filme A Esperança Parte 2???

Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 6 de 6 [FINAL]

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O Fim de Quase Tudo - Conto 11

Num tempo futuro desconhecido, Charon vivia isolado na terra, que não tinha cor e relevos: era uma esfera de grafite. Ele passa a sentir falta dos homens, que certa vez já teve poder e reinou no mundo. Mas explica a atual fase da terra por meio do trechinho:

Foram-se seus habitantes, vieram os outros, foi-se a floresta, vieram as cidades, foi-se o mundo, vieram os demônios, foi-se o tempo, veio o nada.

Nota: 5/10.

FIM!

Fechamento

Terminamos hoje o livro Branca dos Mortos e os Sete Zumbis, e posso dizer que achei bem legal. Tem alguns contos muito geniais, e a releitura dos contos de fadas, de modo geral, é bem feita e muito interessante.

Uma coisa que notei é que a linguagem muitas vezes é recheada de expressões toscas, e sabendo que o livro é brasileiro, ou seja, não é culpa da tradução, acho que é um ponto negativo do livro. Mas não é o tempo todo, nem em todos os contos.

Já a coisa mais legal da obra, é o jeito com que o autor integra os contos, que dá um diferencial bacana para o livro, afinal, quantos livros você conhece que dá para ler os contos separadamente e que em conjunto formam uma história maior?

Enfim, fiz uma média das notas do conto, e a média final é:

Nota final do livro: 7,9

Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 5 de 6

quarta-feira, 14 de outubro de 2015


O cemitério – Conto 9

É um conto sobre fantasmas e espíritos. Depois de morrer, um jovem espírito se vê num cemitério olhando para a lápide que guarda seu corpo humano, enquanto escuta fofocas de um outro fantasma sobre seus ‘companheiros de morte’.

Nesse cemitério, todos os fantasmas esperam por alguém: por saudades, por amor ou por vingança. Muitos espíritos são frustrados por não receberem logo seus familiares, amigos ou inimigos.

Achei esse conto meio sem sentido, a ligação entre a história dos fantasmas e da Chapeuzinho não foi muito boa.

Nota: 7/10.

Samarapuzel - Conto 10

Nesse conto, diferentemente dos outros, começa a ser contado em primeira pessoa, dizendo que o conhecimento não é guardado por correntes, e sim por palavras e idiomas: achei sensacional a colocação, porque se formos pensar, o conhecimento realmente não está disponível tão facilmente, é necessário um esforço para adquiri-lo, e a leitura é um dos meios mais eficaz, antigo e usado, já que as vídeo aulas, tão disseminadas atualmente, são um meio de aprendizagem muito recente.

Então, começa-se a história de Samarapunzel, uma garota de cabelos absurdamente longos e negros que vive isolada numa torre, sendo suas únicas companhias sua mãe, e livros, com palavras, idiomas e conhecimentos que fazem Samarapunzel uma pessoa diferenciada.

Os livros que Samarapunzel mais gosta são os de desgraça e morte, o que preocupa sua mãe, já que a menina nasceu amaldiçoada, e ainda desenvolve esses gostos peculiares pela literatura profana. Seus cabelos não podem ser mantidos curtos e Samarapunzel chora negro.

Quando um príncipe encontra a bela Samarapunzel, a violência e selvageria da garota começam a aflorar. Os dois mantem um relacionamento escondido, até que Samarapunzel fica grávida e o príncipe some. Ela fica muito puta.

O conto apesar de ser grandinho, é bem dinâmico e bom de ler. O final é bárbaro.

*Trechinho:

Para manter sua mente ocupada, a mãe lhe trazia livros cada vez mais grossos, que a deleitavam durante dias e a mantinham viajando pelo mundo dos sonhos, enquanto as questões sobre a vida real e seu trancafiamento eram indefinidamente postergadas.

Nota: 10/10

Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 4 de 6

domingo, 11 de outubro de 2015

A Confissão - Conto 6 

A história começa quando o suspeito da morte do filho de um senhorzinho muito generoso, é pego pelas autoridades, e ele sedento para conversar com o criminoso para saber o que se sucedeu, ouve atrocidades do tal maníaco, que diz ser o responsável por vários delitos e mortes.

Aprendemos com esse conto que a verdade nem sempre é a coisa certa a se dizer. São misturados os contos da Cachinhos Dourados, João e o Pé de Feijão, Chapeuzinho Vermelho e Pinóquio, e, apesar de ser bem curtinho, o conto é muito legal (principalmente o desfecho).

Nota: 10/10

Bela Incorrupta - Conto 7

Um estudante de medicina, Robert Phillips West, não queria morrer, por isso começa a desenvolver meios de se tornar imortal ou pelo menos de driblar a morte, impressionando seus professores e horripilando seus pais. Para isso, fazia experiências manipulando cadáveres, o que acabou sendo proibido pela igreja, e Robert passa a estudar em seu porão junto a Randy Carter.

Foi a partir dos ensaios de Robert que nascem os zumbis, que ele próprio considerava um fracasso. Sai então a procura de achar uma forma de parar a decomposição dos mortos, ao mesmo tempo em que os reanima. Depois de muitas frustrações encontra a Bela Incorrupta, uma mulher que não se decompõe.

Esse conto também é curto e gostei da forma como ele se interliga com outro conto do livro.

Nota: 8/10.

O monstro - Poema extra 8

Apesar de ser um poema, segue o padrão dos contos: curtinho, fácil de ler e com desfecho surpreendente. Não tem muito o que falar pois vai perder a graça se eu contar algum elemento. Gostei bastante.

Nota 10/10.

Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 3 de 6

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A vendedora de fósforos e o vingador - Conto 4

Com uma nova era instalada no mundo, a fome vira epidemia, e cada vez mais pessoas morrem, principalmente as crianças, já que o abandono torna-se muito incidente.

Então, num final de ano geladíssimo, uma pobre menininha é obrigada pelo pai a sair para vender fósforos, e como sabemos, morre congelada. O que vem a seguir no conto, é a vingança.

O conto é bem curtinho e achei que faltou um pouco mais de explicações no final...

Nota: 6/10

Cindehella e o sapatinho infernal - Conto 5

Começa contando a típica história da Gata Borralheira: perde o pai, madrasta e duas irmãs maldosas infernizam sua vida, até que acontece o baile. Mas aqui não é um baile comum. É um baile macabro.

A cena do baile é a mais comprida, nojenta e terrificante do conto. O autor só pode ser muito maníaco para descrever mortes quem acontecem em Cindehella e o sapatinho infernal.

Depois do baile, começa uma busca pela dona do sapatinho de cristal, e a história fica muito tensa e agoniante. O final é sensacional.

Nota 9/10.


Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 2 de 6

segunda-feira, 5 de outubro de 2015


Continuaremos então hoje, com os contos do livro de Abu Fobiya. Hoje serão dois contos. Aproveitem!

JOÃO, MARIA E OS OUTROS - Conto 2

A história começa com uma família muito pobre de quatro integrantes, João, Maria, o pai e a madrasta. Como as finanças estão muito ruim, a madrasta convence seu marido que a melhor chance deles sobreviverem, é se abandonarem as crianças. O pai mesmo contrariado, acaba aceitando a ideia de sua esposa, leva seus filhos para um lugar desconhecido na floresta e as deixa a mercê do mundo.

É bem apavorante, macabro e nojento. Tem uma cena em que uma mulher é atacada por pássaros, e lembrei imediatamente da Tris de Divergente, que um dos medos dela é ser atacada por corvos, e gente, depois desse conto, confesso que também nunca quero sofrer um ataque de aves: é muito horrível.

Gostei muito mais desse conto do que o conto da Branca dos Mortos, tem muito mais terror e cenas de medo. Trechinhos:

*Com sorte, seria um lobo ou um gato do mato, procurando abrigo do frio, e não um homem, a mais imprevisível e perigosa das bestas. >> sabe quando seu cachorro começa a latir e você torce para ser um gato e não um ladrão?

*E, ainda que achasse que poderia escapar de seu destino, ele anda devagar, mas nunca se cansa.

Nota: 10/10

OS TRÊS LOBINHOS - Conto 3

Nesse conto, em que os lobos são os protagonistas, começa-se explicando que foi imposta a esses caninos uma regra: estão proibidos pelos celestes de comerem animais sem presas e de rara inteligência, como os porcos e os humanos.

Então houve um período de fome para essa espécie, que acabou precisando se adaptar ao ambiente, dando origem aos cachorros e hienas, o que fez sobrar poucos lobos originais, que se esconderam na floresta esperando sua chance de vingança. Até que três irmãos lobos resolvem começar a agir contra os humanos e porcos.

Mistura-se então as histórias dos três porquinhos, da chapeuzinho vermelho e do garoto pastor e o lobo. É bem curtinho esse conto, a história é mediana. Trechinhos:

* Não riam de regozijo, e sim porque o desespero se avizinha à histeria.

*Aos poucos se esgota a era dos homens, soterrados pelos próprios vícios, enquanto ressurge o verdadeiro caminho: o caminho dos lobos.

Nota: 5/10


Branca dos Mortos e os Sete Zumbis (Abu Fobiya) - Parte 1 de 6

quinta-feira, 1 de outubro de 2015


Olá pessoas, pretendo fazer nesse mês um especial Halloween, com contos de terror e suspense toda semana! Peguei o livro Branca dos Mortos e os Sete Zumbis e irei destrinchar todos os contos aqui no blog (que são 11). Também quero pegar contos do Stephen King, HP Lovecraft e do Poe para preencher esse mês, mas veremos o que dará tempo de ler...

Hoje começaremos com o primeiro conto do livro de Fábio Yabu . Boa leitura!


BRANCA DOS MORTOS E OS SETE ZUMBIS - Conto 1

O primeiro conto é da Branca de Neve e começa com uma rainha que procura uma bruxa para ajudá-la a ter um filho. Até então tudo ocorre como nos contos que lemos na infância: a rainha adoece, morre, a bruxa rejuvenesce, casa com o rei recém viúvo e passa a maltratar a linda enteada, Branca.

Tem também o suspense acerca da floresta negra, porém em Branca dos Mortos e os Sete Zumbis, existem criaturas terríveis que matam com um buraco na testa, quase todos que vagueiam por esse bosque. A história no geral parece muito com o filme da Disney, só é bem mais sanguinário.

Tem algumas partes bem nojentas, com pessoas desenterrando cadáveres para pegar olhos e putrefações detalhadas.

Não era bem o que eu esperava depois de ter lido algumas resenhas no Skoob (muito positivas), maaaaaaas, vou dar uma colher de chá e torcer para que haja mais criatividade nos próximos contos.

Nota 6/10. 

A seleção - Kiera Cass #1

domingo, 27 de setembro de 2015


A história se passa em um futuro não muito distante, onde a monarquia se instalou como sistema administrativo dos Estados Unidos. A população foi dividida em castas, que só podem serem escaladas por meio do casamento, o que faz as garotas buscarem por garotos da sua casta para cima; peguei na Wikipedia a explicação das oito castas pois não lembrava de cabeça:

Casta 1: A nobreza e o Clero.
Casta 2: Celebridades, modelos, atletas profissionais, políticos, atores e oficiais.
Casta 3: A elite, educadores, filósofos, inventores, escritores, cientistas, médicos, veterinários, dentistas, arquitetos, bibliotecários, engenheiros, psicólogos, cineastas, produtores musicais, advogados.
Casta 4: Fazendeiros, joalheiros, corretores de imóveis e de seguros, chefes de cozinha, mestres de obras, proprietários e donos de restaurantes, lojas e hotéis.
Casta 5: Artistas, músicos e dançarinos.
Casta 6: Secretários, serventes, governantas, costureiras, balconistas, cozinheiros, motoristas.
Casta 7: Jardineiros, pedreiros, lavradores, pessoas que limpam calhas e piscinas, e quase todos os trabalhadores braçais.
Casta 8: Pessoas com deficiência (especialmente quando desamparadas), viciados, fugitivos, sem-tetos.

O que desencadeia o enredo, é que o príncipe está em busca de sua parceira, e nesse reino, acontece um reality show para que se escolha a nova princesa, forma encontrada para que todas as castas tenham uma esperança de subir na vida.

Acontece aí, que America, garota da casta 5, de namorico com um boy da casta 6, é fortemente incentivada pela família a se inscrever ao reality show que formará a nova princesa. Mesmo não querendo, America se inscreve, e adivinhem? É selecionada.

O livro começa bem legal e frenético, tem uma ótima temática, é jovem mas não infantil, enfim, tinha tudo para dar certo, se não fosse o bendito triângulo amoroso, que me irrita até as entranhas.

Apesar desse livro ser considerado uma distopia, não é discutido muito a sociedade e os problemas, abordando mais as futilidades entre as meninas que concorrem ao cargo de princesa e suas roupas/eventos etc. Acho que a parte mais triste dessa distopia é ver que no futuro continuamos conservadores e fúteis.

Em suma, achei bem mediano, espera mais devido as resenhas que vi, mas sei lá, cheguei a conclusão que estou ficando velha. Infelizmente esse livro fazia parte da minha lista de 12 livros para 2015, e provavelmente não cumprirei, pois essa é uma das trilogias que não pretendo terminar. Se você gosta de romances históricos e está sem opção, essa é uma ótima alternativa, mas se você procura por algo mais crítico e adulto, dê uma olhada pelas resenhas do blog, que tem muitos livros do gênero com enredos superiores, como 1884 ou A revolução dos bichos

Vidas Secas - Graciliano Ramos

domingo, 20 de setembro de 2015


Trata-se de um livro muito triste. Passa-se no sertão Nordestino, onde uma família de cinco integrantes (Fabiano, Sinhá Vitória, dois filhos e uma cadela) tentam sobreviver à seca e às condições sub-humanas que encontramos no sertão.

Não tem um enredo muito complexo, são apenas fatos corriqueiros que acontecem com uma família extremamente pobre, o que dá uma originalidade ao livro. Afinal, as pessoas ali estão lutando para sobreviver e não tem tempo de ficar filosofando e pensando em futilidades.

Além da pobreza, os personagens são ainda analfabetos, fazendo o autor optar por poucos diálogos, e até o próprio Fabiano tem um trecho pensando sobre isso: não fala pois não sabe o que falar e  tem medo de ser vítima de chacota.

No geral o livro tem um vocabulário bem complicadinho, e a história não é daquelas que te pega e faz ler até o final com uma ânsia do que vai acontecer, ao contrário, a narração do cotidiano dessa família apenas nos dá uma angústia pelo sofrimento. 


É um dos livros que mais se sente dó dos personagens: são enganados, maltratados, desesperançosos, marginalizados, animalescos, excluídos e desinstruídos. Vemos com 'Vidas Secas' que a pobreza e a ignorância é um negócio complicado e difícil de resolver, que resulta em pessoas alienadas, desanimadas e tristes. 

Para quem vai fazer vestibular, pode ler tranquilo, é chatinho mas também bem curtinho, e até tem seus momentos bons e passagens interessantes e reflexivas. Aliás o autor é bem interessante e até pretendo ler um outro livro seu: Memórias do Cárcere. Se tiver interesse, fique atento para as próximas resenhas.

TAG: Princesas Disney

sexta-feira, 11 de setembro de 2015


1) Branca de Neve: um livro com a capa branca.

Vidas Secas - Graciliano Ramos. Apesar de ser um livro chatinho de se ler, tem uma história interessante, que aborda questões importantíssimas da alienação e exclusão social.

2) Bela (Bela e a Fera): um livro que você já leu mais de uma vez.

Ainda não cheguei nessa fase de reler livros, pois tenho tantos na lista de espera, que me parece bobagem reler algum agora. Mas pretendo ler novamente 'O caçador de pipas', que fui um livro que li a bastante tempo, e que amei demais.

3) Aurora: um livro que você tentou ler várias vezes, mas que acabou "dormindo".

Infelizmente, Dragões de Éter. Peguei várias vezes para ler quando estava de férias, mas não fluiu.

4) Jasmin: um livro com um bicho de estimação muito querido.

Nossa, pergunta difícil pois não li muitos livros com animais, inclusive uma coisa estranha das distopias atuais, é que elas nunca citam o que aconteceu com os animais né? Mais alguém já percebeu isso? Enfim, acho que colocaria Aslan, o leão das Crônicas de Nárnia, pois foi o último livro com animais que li.

5) Ariel: um livro ou autor que você coleciona.

Não coleciono nenhum autor, mas os três autores que pretendo ler mais são: Marcelo Rubens Paiva; Bernard Cornwell; e Chuck Palahniuk.

6) Elsa: um livro que se passa no inverno.

Eu ia colocar As crônicas do gelo e do fogo né, mas como ainda não chegou o inverno em Westeros, vou de O guardião de memórias (Kim Edwards), que não se passa totalmente no inverno, porém, uma importante parte da trama é nessa estação, e apesar de ser um livro mediano, tem uma temática interessante: A síndrome de Down.

7) Rapunzel: um livro longo (em número de páginas ou que a história é muito arrastada).

Convergente (Veronica Roth) está difícil de terminar. São cerca de 500 páginas, e está beeeeeeem chato.

8) Cinderela: um livro ou série que se perdeu no meio do caminho.

A trilogia Maze Runner. SPOILER SPOILER SPOILER. Bem, o próprio título cita um labirinto, porém, os personagens saem do labirinto no primeiro livro e depois é só enrolação e tramas bem mornas e chatinhas.

Bom foi isso então, a TAG eu vi no blog http://melinasouza.com, espero que tenham gostado, deixe seu comentário, e um beijo.

Insurgente (Veronica Roth) #2

sábado, 5 de setembro de 2015


O segundo livro de Divergente, Insurgente, é bem ruinzinho.

A história recomeça na sede da Amizade, para onde se refugiaram o grupo de Tris. Uma caça mortal pelos divergentes se instaura, a pedido da Erudição; Beatrice está traumatizada após todas as mortes; e inocentes sofrem no meio dessa batalha por poder.

Achei esse livro muita enrolação, nada de realmente importante acontece até o último capítulo: é chato e entediante. A única coisa boa desse livro, é que conhecemos melhor todas as facções, já que Beatrice vai perambular pela sede da Amizade, Franqueza e Erudição, que ainda não haviam sido expostas ao leitor. Veronica Roth quer ser a nova George R. R. Martin, matando todo mundo na história, mas falha, porque isso não deixa Insurgente mais interessante.

Beatrice está muito chata nesse volume, chorona e querendo voltar para a Abnegação, pois nem manejar uma arma, consegue mais. Há uma guerra, querem pegá-la, ela foi treinada para isso e ela fica de graça. Para que vocês tenham uma noção, até no filme esse detalhe é ignorado, de tão sem sentido que é.

O relacionamento de Tris e Quatro, fica bem irritante: os dois ficam de joguinhos, mentirinhas e discussões absurdamente infantis. E ainda por cima os amigos de Tris estão mortos, salvo a Christina, que, porém, ainda está puta com a morte de Will.

Alguém precisa parar a Erudição, mas como? O que eles estão escondendo? Por qual informação os pais de Tris morreram? Essas são as perguntas que direcionam o segundo volume de Divergente.

Eu não gostei do final e não gosto do rumo que a história está tomando. Acredito que se Veronica focasse no problema entre facções (a única coisa realmente legal do livro), Insurgente, e consequentemente Convergente (que eu nem li ainda), seriam bem melhores.

Divergente (Veronica Roth) #1

sexta-feira, 28 de agosto de 2015


Divergente é mais uma distopia da moda que vem levando pré-adolescentes à loucura. Mas, se quer ver críticas inteligentes ao governo e estas coisas que procuramos em livros distópicos, eu não recomendaria a você Divergente.

Bom, mas vamos destrinchar o livro para que você tire suas próprias conclusões. A história se passa no futuro, onde depois de uma terrível guerra, os seres humanos remanescentes, constroem uma cerca sobre a atual cidade de Chicago, e decidem constituir uma nova sociedade dividindo-a em cinco grupos, chamados de facções: Erudição, responsável pelo conhecimento e tecnologia; Audácia, responsável pela segurança; Franqueza, incumbida de promover a verdade; Abnegação, responsável pelo altruísmo e por governar; e a Amizade, incumbida de fornecer alimentos.

É por causa dessa divisão, que conhecemos Beatrice, uma integrante da Abnegação por nascença, mas que passará por um teste de personalidade para ajudá-la a decidir se ficará na Abnegação, ou se tem condições de se mudar de facção. Apesar de Beatrice acreditar que não pertença 100% a Abnegação, trocar de facção significa abandonar sua família.

Ao fazer o teste de aptidão e receber um resultado inconclusivo, que não a ajuda a escolher sua facção, Beatrice segue seu coração, e muda para a Audácia, deixando tudo e todos que conhecia para trás.

Então, veremos o treinamento de Tris, já que ela supostamente trabalhará na segurança; as picuinhas entre os calouros da Audácia; os romancinhos; até que a coisa fica séria: os conflitos entre as facções se agravam e rumores de guerra começam a se espalhar.  E a partir daqui, seria spoiler se eu falasse.

A história se desenvolve sem muito drama, não tem triângulos amorosos (amém), porém, trata-se de um livro de puro entretenimento, não há assuntos importantes sendo abordados, e o livro não levanta nenhuma discussão sobre nenhum tema polêmico. Os diálogos são bem bobinhos, assim como várias das ações das personagens. A narrativa é permeada de ação e mortes. As personagens são ok: a protagonista, Tris, não é insuportável; os amigos que ela faz são legais, o boy magia, Quatro, é maravilho e a vilã, Jeanine, convence.

Enfim, o livro é bom como um todo, já como distopia, nem tanto. Não vá com altas expectativas.

*Apesar de alguns dos meus amigos que leram o livro terem reclamado do filme, eu gostei bastante, só final que foi meio tosco.

TAG Divertida Mente

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

1. Alegria: O livro que mais te traz felicidade:

Foi difícil escolher pois geralmente gosto dos livros tristes, mas acho que 'Aprendendo a seduzir' - Patricia Cabot, foi um livro que me trouxe muita felicidade e proporcionou boas risadas.

2. Nojinho: O livro mais nojento que você já leu:

'Ensaio sobre a cegueira' - José Saramago, pois o cenário vai ficando bem nojento quando todo mundo fica cego, mendigo, não se limpa, não tem coleta de lixo, e tal. 

3. Medo: O livro que mais te assustou:

‘Vidas secas’ – Graciliano Ramos, não pelo fator terror, mas assusta pelo fator realidade, pobreza e desgraça.

4. Tristeza: O livro que mais te fez chorar:

‘O caçador de pipas’ - khaled Hosseini, e foi de soluçar!

5. Raiva: O livro que te deixou irritado:

Na verdade a série toda de House of Night me deixou irritada: são muitos livros, o enredo é bem ruinzinho, tem personagens insuportáveis (inclusive a protagonista): enfim tem que ter muita paciência para ler!


Capitães da Areia (Jorge Amado)

quarta-feira, 12 de agosto de 2015


Não li muitos livros brasileiros, principalmente os clássicos, mas dentre os que li o que mais gostei até hoje, foi Capitães da Areia, de Jorge Amado.

A história é sobre um grupo de moleques marginalizados que precisam cometer ações para sua própria sobrevivência. Há vários personagens, como Pedro Bala, Sem Pernas, Volta Seca, o Professor, Dora entre outros.

Esses garotos cometem pequenas infrações tentando obter algum conforto e estabilidade a suas vidas. E há duas visões diferentes em relação aos garotos: eles contam com ajuda de alguns (o padre, por exemplo), e o julgamento de outros (o diretor do reformatório e o jornal, por exemplo).

É interessante como o livro continua tão atual. Com essa discussão que se teve sobre a Maioridade Penal, quem já leu Capitães acredito que tem outra visão em relação a essas crianças do mundo do crime. É trabalhado no livro, o fato de que muitas crianças cometem esses atos não porque querem, mas porque não possuem oportunidades e são condicionadas pelo sistema a fazer o que fazem.
É uma triste realidade.

A narrativa é bem leve (se comparado a outros livros de vestibular), o enredo bem legal e jovial. A linguagem é informal e os personagens são carismáticos: é fácil se identificar, sentir pena e torcer por eles.


Mesmo para quem não vai fazer vestibular, indico esse livro, é bem gostosinho de ler, e brasileiro!


Misto Quente (Charles Bukowsky)

terça-feira, 4 de agosto de 2015


“Qualquer outra coisa, qualquer outra coisa que me fizesse parar de afundar nessa existência tediosa, trivial e covarde”.

Livro maravilhoso de Charles Bukowsky, Misto Quente é meio que uma autobiografia da infância do autor.  Entretanto, no livro, Bukowsky faz uso de seu alter ego, Henry Chinaski, e conta para nós a história, que se passa por volta dos anos 1920 até mais ou menos 1940. Durante a leitura, achei muito engraçado como os EUA nos anos 30 parecia tanto com o Brasil nos anos 80.

O enredo é narrado com crueza e sem pudor. É a pura realidade de Bukowsky, e é muito legal como o autor não se oprime e não deixa nenhum fato ou sentimento vergonhoso de lado: tem ele apanhando do pai; um colega batendo uma para o cachorro; ele desistindo de transar com uma mulher mesmo ela estando nua, na frente dele; ele dando vários PTs depois das bebedeiras; apanhando em brigas; enfim, a juventude de Henry Chinaski foi bem conturbada.

O enredo passa por várias temáticas como sexo, depressão, adolescência, brigas, família, amigos, isolamento, aquela sensação de não se encaixar, a pobreza, a desigualdade, enfim, o que mais tem nesse livro é Henry reclamando do cabaço, dos pais, da sociedade, da escola e claro, muitas BRIGAS. Gente, a cada dois capítulos tem porrada. Como esse povo brigava!



O livro tem várias passagens excelentes, como a do título dessa resenha, é muito filosófico, pessimista e como já disse antes, real. Peguei alguns trechos para vocês:

1- “O problema era que você tinha que continuar escolhendo entre o ruim e o pior, e não importa a escolha eles arrancariam mais um pedacinho de você, até não restar mais nada. Aos 25 anos a maioria estava acabada. Toda uma maldita nação de bunda-moles dirigindo automóveis, comendo, tendo bebês, fazendo tudo da pior forma possível, como votar em candidatos à presidência que os lembrassem de si mesmos.

Eu não tinha interesses. Não tinha interesse em nada. Não tinha ideia de como iria escapar. Pelo menos, os outros, tinham algum gosto pela vida. Pareciam entender algo que eu não entendia. Talvez eu estivesse por fora. Era possível. Eu frequentemente me sentia inferior. Só queria ir para longe deles. Mas não havia nenhum lugar para ir. Suicídio? Jesus Cristo, apenas mais trabalho ainda. Sentia vontade de dormir uns cinco anos seguidos, mas eles não me deixariam.”

2-“Reunidos em volta de mim estavam os fracos ou invés dos fortes, os feios ao invés dos bonitos, os perdedores ao invés dos ganhadores. Parecia ser meu destino viajar naquelas companhias por toda a vida. Isso não me aborrecia tanto quanto o fato de que eu parecia irresistível para esses companheiros idiotas e estúpidos. Eu era como um lixo que atraía moscas em vez de uma flor desejada por borboletas e abelhas.”.

3-“Eu podia ver o meu futuro bem na frente. Era pobre e continuaria sendo pobre. Mas não era particularmente dinheiro que eu queria. Eu não sabia o que eu queria. Sim, sabia. Queria um lugar para me esconder, algum lugar onde uma pessoa não tivesse que fazer nada. O pensamento de me tornar alguma coisa, não apenas me apavorava, mas me deixava enojado. O pensamento de me tornar advogado, um membro do conselho ou um engenheiro, qualquer coisa assim, parecia impossível para mim. Casar, ter filhos, ficar enroscado na estrutura familiar. Ter que ir para algum lugar todos os dias trabalhar e voltar. Era impossível. Fazer coisas, coisas simples, tomar parte em piqueniques familiares, Natal, 4 de Julho, o Dia do Trabalho, o Dia das Mães... será que um homem nasce apenas para suportar essas coisas todas e depois morre?”.

4- “E minhas próprias coisas eram tão más e tristes, como o dia em que nasci. A única diferença era que agora eu podia beber de vez em quando, apesar de nunca ser o suficiente. A bebida era a única coisa que não deixava o homem ficar se sentindo inútil e atordoado o tempo todo. Tudo mais te pinicando, te ferindo, despedaçando. E nada era interessante, nada. As pessoas eram limitadas e cuidadosas, todas iguais. E eu teria que viver com esses putos pelo resto da minha vida, pensava. Deus, eles todos tinhas cus, e órgãos sexuais e seus sovacos. Eles cagavam e tagarelavam e eram tão inertes quanto bosta de cavalo. As garotas pareciam boas à distância, o sol provocando transparências em seus vestidos, refletido em seus cabelos. Mas chegue perto e escute o que elas tem na cabeça sendo vomitado pelas suas bocas. Você ficava com vontade de cavar um buraco sobre um morro e ficar escondido com uma metralhadora”.


Bom, para finalizar, posso dizer que amei o livro, ele é curto, bem rápido de ler, a narrativa é super gostosa, o enredo é bem legal e muito atual, e principalmente para você, jovem revoltado, leia Misto Quente, e você verá que não está sozinho nessa ;)

Não Conte a Ninguém (Harlan Coben)

sexta-feira, 31 de julho de 2015


O livro Não conte a ninguém do aclamado Harlan Coben é bom, mas possui muitos defeitos. Outro fator que pode ter influenciado minha leitura, foi que a poucos meses li Garota Exemplar, e a história é muito parecida.

O enredo é sobre a história de Beck, um pediatra que perdeu a mulher, Elizabeth, em um atentado suspeito enquanto estavam comemorando mais um ano de casamento.

Após oito anos do acidente trágico onde a esposa saiu morta por um suposto serial killer, Beck passa a receber e-mails com conteúdos que só sua companheira sabia. Será que ela está viva, ou alguém está fazendo uma brincadeira de mau gosto?

Ao mesmo tempo em que Beck fica confuso com os e-mails, dois corpos aparecem perto da onde Beck e sua esposa sofreram o ataque, e então a polícia reabre o caso, e começam a duvidar que Elizabeth fora morta por um serial killer: a culpa cai sobre Beck.

Ele então precisa provar sua inocência, descobrir o remetente dos e-mails, encaixar as peças perdidas do caso de Elizabeth e fugir dos perigos à espreita.

Os acontecimentos são bem frenéticos, tornando o enredo interessante. A leitura é bem fácil e rápida. O que me incomodou mesmo neste livro, foram os absurdos. Odeio ler livros que querem falar da vida real (não tem elementos místicos e mágicos), mas possuem situações bizarras e improváveis. Falarei mais sobre os absurdos nos spoilers...

Foi meu primeiro livro do autor, e não pretendo lê-lo novamente tão brevemente, já que ouvi boatos de que todos seus livros seguem mais ou menos o mesmo padrão. Mas este livro em particular é uma boa leitura de entretenimento, só podia ser menos ‘viajado’.

(MOMENTO DESABAFO) - SPOILER
                       
O cara (Beck) mata um homem e vai comemorar o casamento de boa? Nenhum peso na consciência, nenhuma palavra a respeito com a esposa sobre o acontecido?

Tem algumas partes muito novela mexicana, como um traficante parar sua vida para ajudar um médico, um médico fugindo da polícia, matando um cara; o motivo da coisa toda: o pai de um playboyzinho querer vingança?. What?

Não dar final para os outros personagens? Linda, Shaune, Tyrese?


O livro também tem um final muito clichê. Sério? Elizabeth viva o tempo todo e o casal perfeito juntos no final novamente? Mais criatividade, por favor.
 
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